Micro Cosmo
Volte
14/10/96

< Discos Rígidos VIII: Formatando o Drive Master >


Se seu novo drive é o master, ele conterá obrigatoriamente o drive C. Note que eu não disse que ele “será” o drive C, mas sim que ele “conterá” o drive C. E a razão, evidentemente, é a forma que você escolheu para particioná-lo. Se o fez em uma única partição, o drive master “será” o drive C, posto que conterá apenas esta unidade lógica. Se em mais de uma, além do drive C conterá outras unidades cujos designadores (ou “letras”) dependerão do fato de existirem ou não outros discos rígidos na máquina e da forma pela qual eles estarão particionados. Mas, em qualquer hipótese, o drive C estará obrigatoriamente contido no disco rígido master.

Nesta série, por amor à simplificação, estamos partindo do princípio que nossos discos rígidos têm apenas uma partição. Portanto, quando nos referimos ao disco rígido master, estaremos igualmente nos referindo ao drive C. E o drive C é especial. Porque, seja lá qual for a configuração empregada e o esquema de particionamento utilizado, uma coisa é certa: o drive C é o chamado “disco de boot” e abriga o sistema operacional. Ou seja: o sistema operacional “mora” no drive C e quando se liga a máquina, dele será carregado. Um ponto essencial quando o assunto é formatação.

Neste ponto, um parênteses: que sistema operacional? Bem, mais uma vez teremos que adotar como paradigma o caso mais comum, o do usuário que pretende usar o bom e velho DOS, acompanhado ou não do Windows 3.x. Ou daquele que pretende usar Windows 95. Nada contra os demais sistemas operacionais, mas o Windows NT, ao menos por enquanto, não é coisa para micreiro e sim para corporações que usam máquinas em rede e os poucos (mas bons) usuários do OS/2 têm seu próprio programa de formatação. Portanto, vamos usar como exemplo a formatação de um disco que será usado por DOS ou Windows - o que, do ponto de vista da formatação, dá no mesmo, já que o sistema de arquivos usados por ambos é baseado na nossa velha conhecida Tabela de Alocação de Arquivos, ou FAT.

Então, prossigamos. Se acabamos de instalar um novo disco master e precisamos formatá-lo, é evidente que nele ainda não há nada gravado. Como, para formatá-lo, precisaremos usar um programa, a máquina deve estar ligada e funcionando para que este programa possa rodar. E mais que isto: como quem “carrega” o programa é o sistema operacional, evidentemente o sistema operacional já deve ter sido carregado. Ou seja: para formatar o disco rígido, a máquina já foi ligada e o boot já foi dado.

Mas como dar o boot, se justamente o drive C, que é o disco de boot, não está formatado?

Ora, meu amigo, é evidente: dando um boot a partir do drive A. E usando para isto um disquete adredemente preparado, o disquete de boot.

Nosso assunto da próxima semana.

B. Piropo