Escritos
B. Piropo
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11/11/96

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Seu novo HD é agora o drive C mas contém apenas o essencial, os arquivos de sistema transferidos durante a formatação. Tudo o mais mora no velho, atual drive D. Nosso trabalho será transferir os arquivos do velho disco (agora o D) para o novo (atual C).

Se, como eu, você ainda não abandonou o XTree, esta é a hora de apelar para ele, que deve estar instalado no (atual) drive D. Você terá que digitar os comandos necessários para alcançar seu diretório e de lá carregar o programa, mas isto feito, executará toda a transferência de arquivos com quatro comandos: um para registrar todos os arquivos do drive D (Log D), outro para exibi-los em uma única janela (Showall), mais um para marcar todos os arquivos do drive (Crl+Tag) e o último para copiar todos os arquivos duplicando as vias de diretório do drive D para o C (Alt+Copy). Isto é tudo.

Sem o XTree você terá que apelar para a força bruta e executar a tarefa na base da linha de comando. O DOS dispõe de um comando, o XCOPY, que poderia resolver o problema de uma única assentada não fosse por um detalhe: até o DOS 6.2 é impossível copiar com ele arquivos ocultos e de sistema (o DOS 7 que vem com Windows 95 permite). Para transferi-los, você terá que localizá-los e alterar seus atributos, um a um. O que não é difícil, mas diabolicamente trabalhoso.

Proceda metodicamente. Mude para o diretório DOS (agora no drive D) e imprima a árvore de diretório do drive D redirecionando o comando TREE para a impressora com “TREE D:\ > LPT1”. Depois, com a lista impressa nas mãos, vá para cada subdiretório com comandos CD e comande “DIR /A:H” para listar os arquivos ocultos e “DIR /A:S” para os de sistema. Remova o atributo “oculto” de cada um com “ATTRIB -H nomearq.ext” (onde nomearq.ext representa o nome e extensão do arquivo). Se o arquivo for ao mesmo tempo oculto e de sistema, há que remover ambos os atributos com um único comando, “ATTRIB -H -S nomearq.ext”. Faça isto para cada arquivo oculto e/ou de sistema em cada diretório, marcando na lista os diretórios visitados e anotando os nomes dos arquivos modificados em cada diretório.

Terminada a tarefa, volte para o diretório DOS do drive D e comande “XCOPY D: C: /S /E” para copiar toda a árvore de diretórios do drive D: para o C:, incluindo diretórios vazios. Depois, consulte suas anotações e reponha os atributos de todos os arquivos modificados (que agora moram no drive C) com “ATTRIB +H nomearq.ext” para os ocultos e “ATTRIB +H +S nomearq.ext” para os ocultos e de sistema.

Se Windows 95 morava em seu velho drive e se o novo foi formatado com o disco de boot gerado por Win95, pode-se resolver o problema com um único comando. Vá para o diretório WINDOWS\COMMAND de seu drive D e comande: “XCOPY32 D: C: /S /E /H” para copiar toda a árvore de diretórios do drive D para o C, incluindo diretórios vazios e arquivos ocultos e de sistema e respeitando os nomes longos de Win95.

Agora teste. Dê um boot pelo novo drive C e veja se tudo se passa como nos tempos do velho drive. Não se contente com as aparências: execute cada programa e veja se tudo corre como antigamente. Quando tiver certeza que está tudo nos conformes (e somente então), remova o velho drive ou, se pretender deixá-lo no sistema como slave, reformate-o com “FORMAT D: /U”. Mesmo assim, é bom preservar por alguns meses o backup que você fez antes da mudança. Porque você fez, não fez?

Pronto. Isto encerra esta longa série. Que, prometo, foi a última deste MicroCosmo.

B. Piropo