Sítio do Piropo

B. Piropo

< Coluna em Fórum PCs >
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17/07/2006

< Linha PC: um quarto de século >


Em 12 de agosto deste ano o IBM PC completa 25 anos. Um quarto de século. Para mim, que já vivi mais que o dobro disso, não é muita coisa. Mas, suspeito, para a maioria dos visitantes deste Fórum é uma vida. Porque muitos de vocês não fazem a menor idéia de como era o mundo sem computadores.

Eu tinha pensado em escrever alguma coisa sobre o assunto. Mas outros temas ocupavam minha mente, estava no meio de uma série de colunas e acabei adiando o projeto. Adiando tanto que quase perco a oportunidade.

Mas eis que semana passada recebi uma mensagem do jornalista Ivan Kasahara, que trabalha no programa < http://www.multirio.rj.gov.br/seculo21 > Século 21 da Multirio, empresa ligada à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro cuja função é “produzir mídia de qualidade para alunos e professores da rede municipal de ensino”. Na mensagem Ivan informava que estava trabalhando em alguns artigos sobre os 25 anos do PC e gostaria de saber minha opinião sobre o assunto.

Perguntei como isto seria feito e ele me enviou sete perguntas cobrindo o tema.

Tempo para respondê-las eu não tinha. O pouco que dispunha precisava usar para escrever minha coluna para o FórumPCs. Mas não me agradava a idéia de recusar colaborar com um fim tão nobre. Afinal, de minhas tantas atividades, a que mais me orgulha e recompensa (não financeiramente, ça va sens dire) é justamente a de professor. E não cairia bem para um professor se recusar a responder perguntas para um programa de apoio da Secretaria de Educação.

Depois, relendo as perguntas do Ivan, me dei conta que se o assunto interessava a ele e seu projeto, não interessaria menos aos visitantes de um Fórum que tem “PCs” no nome. Então por que não unir as duas tarefas?

Pois aqui está o resultado. As perguntas do Ivan (que não editei, estão como na mensagem recebida) seguidas de minhas respostas. Um testemunho de quem viveu este último quarto de século convivendo quase diariamente com um PC.

Espero que agradem ao Ivan e a vocês.

O PC lançado pela IBM em 1981 não foi o primeiro computador pessoal a ser disponibilizado. No entanto, foi o primeiro a ter grandes vendas. Por quê?

No final dos anos setenta a IBM encarava uma situação peculiar. Alguns anos antes, acostumada a vender máquinas de grande porte orçadas na casa dos milhões de dólares americanos, ela nem se deu ao trabalho de disputar um novo mercado que então se abria, o dos minicomputadores, máquinas mais leves cujo custo se situava na casa das centenas de milhares de dólares. Achando que eles não representavam ameaça para quem, como ela, dominava o mercado de informática, a IBM deixou este nicho nas mãos de empresas como a DEC, que dele se aproveitou vendendo um bom punhado de minicomputadores da linha PDP, máquinas com recursos computacionais limitados para empresas com recursos financeiros igualmente limitados.

Acontece que aqueles eram tempos nos quais quem fornecia a máquina fornecia também o sistema operacional e os programas. Que exigiam um investimento significativo em treinamento de pessoal para operação e desenvolvimento de aplicativos. E muitas das empresas que compraram os PDP da DEC cresceram até o ponto em que precisavam de máquinas mais poderosas. E viram-se diante da opção de comprar uma máquina de grande porte da IBM, o que deitaria a perder todo o investimento em treinamento para a linha DEC, ou de comprar um VAX, máquina fornecida pela própria DEC para competir com as de grande porte da IBM, que rodava o mesmo software de seus minicomputadores (ou software compatível). E foi assim que a DEC e outras empresas, que cresceram vendendo minicomputadores, conseguiram abocanhar uma boa parcela do mercado de máquinas maiores, onde até então reinava impávida a IBM.

Pois foi exatamente no final da década de setenta que começaram a aparecer os computadores pessoais. Se os minicomputadores não assustaram a IBM, muito menos o fariam aquelas maquinetas limitadíssimas mesmo para os padrões da época. Mas e se ocorresse com elas algo parecido com o que se deu com os minicomputadores?

A IBM, que estava perdendo mercado e que, como logo veremos, havia acabado de sofrer pesados prejuízos para se livrar da acusação de monopolista, não estava em posição de arriscar e resolveu entrar na briga. Mas, se iria disputar um mercado, haveria de fazê-lo em grande estilo. Afinal, tratava-se da IBM, que tinha um nome a zelar. Um computador pessoal fabricado por ela teria que ser o que havia de melhor. E assim foi feito: a empresa reuniu, nas então existentes instalações industriais de Boca Ratón, uma equipe independente chefiada por Don Estridge cujo objetivo era projetar o melhor computador pessoal possível para a época.

Assim nasceu o IBM PC há quase exatos 25 anos (veio à luz em 12 de agosto de 1981, para ser preciso). Uma máquina que ostentava 64 KB (sim, quilobytes, não é erro de digitação) de memória RAM, expansível até 256 KB, enquanto as concorrentes vinham com 4 KB a 16 KB. Montada em torno do processador “de 16 bits” 8088 da Intel, infinitamente melhor que os chips “de 8 bits” usados pela concorrência. E que, de lambuja, podia usar um drive de disquete como dispositivo de armazenamento de massa (opcional, é verdade) em vez dos meros gravadores de fita cassete dos computadores pessoais que o antecederam. E tudo isso custando pouco menos de cinco mil dólares, menos do dobro do custo dos computadores pessoais da época.

Resumindo: o PC da IBM alcançou grandes vendas logo após seu lançamento porque era uma Ferrari concorrendo com fusquinhas...

Figura 1: o IBM PC de 1981

O que representou o surgimento desse conceito de computador pessoal, máquinas que antes eram enormes e restritas a grandes empresas?

O PC da IBM representou uma revolução no mercado de informática. Mas a razão disto não foi seu grande (para a época) poder de processamento nem o diferencial de qualidade da marca IBM. Curiosamente, a força motriz desta revolução foi o aparecimento dos “clones”, máquinas absolutamente compatíveis com o IBM PC, capazes de rodar o mesmo sistema operacional e, portanto, os mesmos programas.

Pois acontece que quando lançou seu PC a IBM estava emergindo de uma batalha que quase liquidou com ela. Uma disputa judicial com o Governo Americano que a havia acusado de práticas monopolistas na qual foi despendida uma massa considerável de recursos financeiros. Caso seu novo PC viesse a conquistar a supremacia do mercado, como seria de esperar, a IBM não poderia correr o menor risco de que isto viesse a redundar em um novo processo antimonopólio. Um caso típico de gato escaldado com medo de água fria.

Para evitar qualquer acusação neste campo a equipe de Estridge havia sido orientada a desenvolver um projeto com componentes “de prateleira”, ou seja, disponíveis no mercado. Nada que fosse “proprietário”, desenvolvido especialmente para a nova máquina. E os cuidados não se limitaram ao hardware: o sistema operacional também seria desenvolvido por terceiros (que, no caso, foram dois jovens chamados Bill Gates e Paul Allen que haviam recém-criado uma pequena empresa de software chamada Microsoft da qual provavelmente vocês já ouviram falar e que, para atender ao pleito da IBM, compraram, adaptaram e batizaram de MS DOS um sistema operacional então chamado de QDOS – Quick and Dirty Operating System – desenvolvido por Tim Patterson para a Seattle Computers). Além do projeto genérico, a única coisa que foi efetivamente desenvolvida (e patenteada) pela IBM especificamente para seu novo PC foi o BIOS, um conjunto de rotinas que faz a interface entre o sistema operacional e o hardware da máquina. Os direitos sobre todo o restante eram de domínio público ou pertencentes a terceiros.

Esta foi a “arquitetura aberta” do PC, que garantiu à IBM proteção contra acusação de monopólio por tentar (novamente...) dominar o mercado com sistemas proprietários incluídos no seu PC.

Ocorre que foi justamente esta arquitetura aberta que propiciou o surgimento dos clones. Pois a concorrência não iria assistir impassível o fenômeno de vendas em que se converteu o IBM PC, uma máquina de cinco mil dólares que, apesar disso, vendia feito bolinho quente. E tomou providências para devorar uma parte deste rico mercado.

Providências, diga-se de passagem, não muito difíceis. Bastava montar uma máquina com os mesmos componentes usados pela IBM, inclusive o microprocessador 8088 da Intel, e interligá-los da mesma maneira, já que nada disto fora (nem poderia ser) patenteado. E comprar o sistema operacional da Microsoft. A única dificuldade seria desenvolver um BIOS para a nova máquina, mas um pouco de esforço e um bocado de engenharia reversa resolveram o problema (na verdade surgiram firmas, como a Phoenix, especializadas em criar BIOS genéricos para o que veio mais tarde ser conhecido como “linha PC”). Assim surgiram os clones, fabricados por empresas como Wang (já desaparecida), Compaq, HP e Dell, entre dezenas de outras. Que, apesar de inteiramente compatíveis com o IBM PC, custavam uma fração de seu preço.

Curiosamente, foram justamente eles os maiores responsáveis pelo sucesso da “linha PC”. Porque um dos grandes receios do mercado da época era comprar uma máquina, investir centenas de horas de treinamento para aprender a usá-la, milhares de dólares desenvolvendo programas para ela e, de repente, ver tudo isto perdido porque o fornecedor faliu ou desistiu de continuar fabricando aquele modelo (lembre: cada máquina usava seu sistema operacional proprietário e seus programas). Com o advento dos clones e dezenas de fabricantes disputando o mercado, os compradores se sentiram seguros: se um deles, até mesmo a própria IBM, desistisse de fabricar a máquina, bastava continuar usando as fornecidas pela concorrência que, afinal, rodavam os mesmos programas e sistemas operacionais.

Foi isto, aliado ao aparecimento de programas como a planilha de cálculos Visicalc, o processador de textos WordStar e o banco de dados dBase II que fez o mercado explodir. E pôs nas mãos de qualquer empresa de pequeno ou médio porte ferramentas que até então estavam apenas ao alcance de concorrentes poderosos.

No princípio, o computador era uma supercalculadora, um processador de textos dinâmico, um arquivo eletrônico. Vieram os softwares e, principalmente, a internet. Hoje, um computador sem internet é uma ferramenta pela metade?

Definitivamente não. Bata lembrar do que é capaz de fazer um computador moderno mesmo sem a Internet: prodígios impensáveis há um quarto de século, quando o IBM PC foi lançado, como “tocar” música com um som de alta qualidade, “passar” filmes em telas de milhões de cores e altíssima resolução, editar texto e efetuar sua correção ortográfica e gramatical, criar apresentações ilustradas com gráficos, filmes e animações, efetuar cálculos extraordinariamente complexos, editar desenhos técnicos “ajudados por computador” (CAD), processar arquivos gráficos digitais de fotos e desenhos e mais um número quase infinito de exemplos. Uma máquina que faz tudo isto ainda que desconectada à Internet dificilmente poderia ser considerada uma “ferramenta pela metade”.

Mas é inegável que a Internet amplia extraordinariamente as possibilidades de uso do computador. O que deve-se menos a uma deficiência dos computadores que a um fenômeno que hoje domina o mundo, a “convergência”, uma designação genérica para a integração de tecnologias inteiramente distintas e, até poucos anos, absolutamente independentes, mas que hoje convergiram para um patamar comum.

A Internet nada mais é que um caso particular de convergência que já ganhou até nome próprio: “telemática”, a integração das tecnologias de informática e telecomunicações. O mesmo tipo de convergência que levou à televisão digital e à telefonia tipo VoIP (Voz sobre IP, o uso das conexões de Internet “banda larga” para comunicação por voz).

O resultado disto é que nos acostumamos de tal forma com a facilidade de troca de dados e informações proporcionadas pela Internet, a possibilidade de consultar dicionários e enciclopédias “online” (eu mesmo, ao digitar estas mal traçadas, já apelei umas tantas vezes para este recurso visando evitar erros factuais no texto), em suma, a ter o mundo literalmente na ponta dos dedos e na tela do computador, que quando usamos uma máquina “desconectada” sentimos falta de algo que nos parece essencial. E, na verdade, tem sido cada vez mais importante.

Nem por isso, porém, podemos considerar que sem a Internet o computador “perde um pedaço”. Na verdade eu prefiro encarar justamente pela perspectiva oposta: com a Internet o computador ganha o mundo...

E agora a internet começa a se dissociar dos PCs, sendo acessível pelo celular, daqui a pouco pela TV. Essa é a tendência? Com isso, o computador pode perder força ou deixar de ser o principal meio de acesso à rede?

Sem dúvida essa é a tendência. E de fato o computador, dentro de um horizonte surpreendentemente curto, deixará de ser (se é que já não deixou) o principal meio de acesso à rede. Mas, para a maioria dos usuários, isso significará apenas que a rede “ganhará força”, aumentando sua amplitude e seu raio de alcance, não que o computador a “perderá”. Exceto, naturalmente, para aqueles que usam o computador exclusivamente como meio de acesso à rede e que poderiam estar melhor servidos com um equipamento de menor porte, ou móvel, ou seja lá o que for que não um computador.

Mas este não é o caso da maioria dos usuários. Eu mesmo dependo do computador para realizar grande parte de minhas atividades diárias, tanto de lazer quanto profissionais. E nem todas elas dependem da – ou exigem acesso à – Internet.

Qual foi seu primeiro computador e como evoluiu sua relação com o aparelho ao longo dos anos?

Minha relação com o computador é longa, cheia de percalços mas também prenhe de alegrias. Não tenho do que reclamar da máquina. Pelo contrário: ela me deu muito mais do que mereço...

Apesar de hoje, entre outras atividades, eu exercer a de professor universitário da disciplina “Arquitetura de Computadores”, não sou profissional de informática. Sou engenheiro ambiental, especializado em controle de poluição hídrica. Mais especificamente, sou engenheiro de processo e meu trabalho consiste principalmente em operar e projetar estações de tratamento de efluentes líquidos.

No final da primeira metade dos anos oitenta começaram a aparecer nas reuniões de discussão de projetos umas figuras exóticas, quase sempre jovens barbudos, de óculos e aparência descuidada. Sentavam-se à mesa, falavam pouco, ouviam muito. De quando em vez, diante da proposta de alterações no dimensionamento do processo que eu refugava alegando que refazer os cálculos iria consumir semanas, um deles educadamente pedia a palavra e informava que poderia entregar o resultado recalculado no dia seguinte.

E o diabo é que entregava mesmo...

Quem eram aqueles sujeitos que não somente estavam invadindo minha praia como também se atreviam a fazer meu trabalho mais depressa do que eu próprio?

Eram os “caras do computador” e suas planilhas eletrônicas.

Figura 2: O Unitron

Evidentemente me interessei pelo assunto. E quando instalaram o primeiro computador no meu raio de alcance, comecei a me interessar pelo bichinho. Era um Unitron, um clone brasileiro do Apple II (estávamos em plena era da reserva do mercado de informática) cujo responsável me mostrou, orgulhosíssimo, uma engenhoca do tamanho de uma caixa de sapatos que, segundo ele, poderia armazenar incríveis dez megabytes. Eu não tinha idéia do que fossem dez megabytes, mas demonstrei o devido respeito e reverência pelo primeiro disco rígido (externo) que vi na vida. E segui adiante.

Meses depois comprei meu primeiro micro, um valoroso MSX, maquininha de oito bits da qual até hoje sinto saudades. Fiquei com ele até 1987, quando o troquei por um formidável PC com drive de disquete de 360K e, vejam vocês, 512 KB de memória RAM, quem diria, meio milésimo da memória que equipa esta máquina vos fala...

No início, usava a bicho com um cuidado danado. Tinha receio de, ao digitar um comando errado, “quebrar” alguma coisa. Anotava os comandos como palavras mágicas, termos cabalísticos que invocavam os demônios secretos no interior do micro e os concitavam a realizar tarefas.

Figura 3: MSX, ou o primeiro micro a gente nunca esquece...

Mas aquilo não combinava com minha natureza. E nem eu sou homem de me deixar dominar por uma máquina. Se era para usar um micro, eu precisava saber como operá-lo, o que ele fazia e como funcionava.

Comecei então a freqüentar cursos de programação. Fui a São Paulo para fazer um de manutenção e montagem, que mestre Laércio Vasconcelos ainda não tinha aberto o seu aqui no Rio e por cá não havia outro. Li tudo o que me caia nas mãos sobre computadores, de livros didáticos a manuais de programas.

Foi assim que comecei a aprender.

E aprendendo estou até hoje...

O senhor testemunhou o processo de popularização dos PCs no Brasil. Como foi e como a reserva de mercado ajudou/prejudicou o processo?

Cora Rónai, a editora do atual suplemento Info Etc (ex Informática Etc) do jornal O Globo, com quem tive a honra e o prazer de trabalhar até o “caderninho” mudar de nome e de foco, costuma dizer que toda a universidade brasileira deveria erigir, no pátio de entrada, um monumento ao “contrabandista desconhecido”. Porque foi este personagem que permitiu, durante os anos de chumbo e trevas da ditadura, a pouca evolução que a informática sofreu naquele período quando a única forma de se ter acesso a um equipamento de primeira linha era apelando para seus serviços.

A reserva de mercado foi uma desgraça que atrasou em pelo menos dez anos a evolução da informática no Brasil fechando o mercado para meia dúzia de apaniguados da ditadura que se aproveitaram dela para fabricar e vender equipamentos obsoletos a um custo astronômico apenas porque dispunham de um mercado cativo em nome de uma suposta independência tecnológica que não veio.

Como você vê, minha opinião sobre a reserva de mercado não é das mais auspiciosas...

Atualmente, você imagina sua vida e o mundo sem a presença de computadores? Como seria?

O mundo tornar-se-ia caótico.

E minha vida perderia metade da graça...

Mas, felizmente, nem eu nem o mundo corremos este risco.

Não é um pouco estranho que todas essas inovações estejam restritas a menos da metade da população mundial. Você acha que essas novas tecnologias ajudam a diminuir a desigualdade social ou apenas agravam o problema?

Estranho, não. Talvez lamentável. E, certamente, inevitável.

A informática não é, entretanto, o único avanço vedado à maioria da população mundial. Progressos na saúde, saneamento e educação, para nos mantermos apenas nos essenciais, estão igualmente fora do alcance das parcelas menos favorecidas da população mundial, seja por residirem em países do terceiro mundo, seja por fazerem parte dos imensos contingentes de miseráveis que vivem nos países do primeiro.

Mas é importante considerar que não são as tecnologias que aumentam ou reduzem as desigualdades, mas o uso que fazemos delas. O mesmo raio laser que guia um bisturi eletrônico em uma delicada cirurgia no cérebro guia até seu alvo uma “bomba inteligente”, sinistra contradição em termos...

E não existe – nem jamais existirá – qualquer máquina que possa eliminar desigualdades entre os homens.

Só quem pode fazer isso são os homens. Quando assim o decidirem.

Oxalá decidam logo, enquanto ainda é possível...

 

 

B. Piropo