Sítio do Piropo

B. Piropo

< Coluna em Fórum PCs >
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07/03/2011

< Isaac Asimov – A opinião de um gênio >


Os que leem regularmente estas colunas sabem que vez ou outra, em vez de escrever sobre tecnologia, escrevo sobre pessoas a ela ligadas de uma ou outra forma. Assim foi, por exemplo, a longa série de colunas sobre o < http://blogs.forumpcs.com.br/bpiropo/2008/11/25/nicola-tesla-i-o-cientista-louco/ > gênio incompreendido de Nicola Tesla, a coluna sobre http://blogs.forumpcs.com.br/bpiropo/2006/02/05/computadores-xxiii-a-almirante-e-a-mariposa/ > Grace Hopper, uma das poucas mulheres a se destacarem no campo da informática, a < http://blogs.forumpcs.com.br/bpiropo/2006/08/28/analytical-engine-i-um-velho-ranzinza/ > série sobre a extraordinária personalidade de Charles Babbage, as colunas sobre < http://blogs.forumpcs.com.br/bpiropo/2007/01/18/um-numero-muito-especial-i-razao-aurea/ > Fibonacci e sua série (de números, não de colunas...) e muitas outras.


Figura 1: Isaac Asimov


Faço isto porque a tecnologia que conhecemos é o produto da mente humana. Mais especificamente, o produto da mente de alguns, muito poucos, raríssimos exemplares daquilo que se poderia classificar na categoria dos “gênios” e sobre as quais vale a pena saber um pouco. Gente como DaVinci, Newton, Arquimedes, Euclides e um (pequeno) punhado de outros, dotados de um cérebro privilegiado capaz de conceber coisas que nós, os meros mortais, precisamos fazer esforço para compreender em suas verdadeiras proporções.
São pessoas especiais.
A coluna de hoje é sobre uma destas pessoas especiais. Mas, diferentemente das demais sobre as quais escrevi e a despeito de seu doutorado em Química, nada inventou, não estabeleceu qualquer teoria, não deitou as bases de qualquer ciência. E nem por isto merece menos nossa admiração e respeito ou deixa de figurar na lista daquelas poucas pessoas que podem ser consideradas geniais. Pois sua genialidade consistia na força de sua imaginação, em sua capacidade de conceber o futuro e descrevê-lo de forma tão fluente, interessante e absorvente que fez dele um dos autores mais fecundos da história da humanidade.
Esta coluna é sobre Isaac Asimov (veja sua foto na figura, obtida na Wikipedia como as demais desta coluna). Na verdade, como vocês logo verão, é mais que isto. É quase que uma coluna “de Isaac Asimov”.
Explico.
Wagner Ribeiro é um brilhante e talentoso desenvolvedor de sítios da Internet. É dele a concepção do Sítio do Piropo (já velha de mais de dez anos e que, por isto mesmo, está sendo reformulada pelo próprio Wagner e breve será alterada). Além disso, é um fanático admirador de Asimov. E também é (no que me diz respeito, sobretudo) um bom amigo. Que, sabendo que com ele compartilho a admiração por Asimov, dia desses me enviou o atalho (“link”) para um vídeo contendo trecho de entrevista no programa “World of Ideas”, exibido nas redes americanas WNET e WTTV nos idos de 1988, onde Asimov discute com Bill Moyers, o entrevistador, alguns temas que, segundo Wagner, poderiam me interessar.
E, de fato, interessaram. E interessaram tanto que me dei ao trabalho de procurar o remanescente da entrevista. Encontrei três partes, que estão disponíveis no You Tube, conforme informou o próprio Asimov (se você acha estranho que Asimov tenha informado que sua entrevista poderia ser encontrada no You Tube em uma época em que o You Tube sequer existia, a própria Internet estava no nascedouro e a Web ainda não tinha sido estabelecida, leia a entrevista que transcrevo adiante e verá que não estou mentindo, apenas interpretando). E se você quiser se deliciar vendo e ouvindo um gênio exprimir suas ideias, basta consultar as < http://www.youtube.com/watch?v=1CwUuU6C4pk&feature=related > Primeira Parte, < http://www.youtube.com/watch?v=CJAIERgWhZQ&feature=related > Segunda Parte e < http://www.youtube.com/watch?v=FEHtt5sGbTw&feature=related > Terceira Parte da referida entrevista.
Se o fizer, tenha em mente que foi concedida em 1988, quando Asimov tinha acabado de lançar seu 381º livro, “As far as the human eye could see” (ao morrer, quatro anos mais tarde aos 72 anos, Asimov havia publicado 463 títulos catalogados, sem contar artigos e outros escritos que elevam o número de publicações a um total muito superior a meio milhar). Então, é imprescindível contextualizar a entrevista na época em que foi concedida, pois é exatamente isto que a torna extraordinária.
Para os que não viveram aquela época: computadores pessoais existiam, sim (o IBM PC havia sido lançado sete anos antes), mas eram raros. A imensa maioria deles não eram conectados e dificilmente se encontrava um em uma residência. A Internet já existia, mas pouco mais era que um meio de troca de informações – basicamente, arquivos – entre meios acadêmicos.
O que me impressionou na entrevista foram basicamente dois pontos. Um deles, a opinião de Asimov sobre o processo de aprendizado, principalmente quando examinado de um ponto de vista que o desconecta da estrutura oficial de educação e ensino. Como vocês verão, ele encara o aprendizado como algo essencialmente lúdico, prazeroso, agradável, uma atividade para toda a vida e não restrita aos bancos escolares. E ninguém poderia concordar mais com isto que este velho escrevinhador que não consegue dormir bem depois de um dia em que não aprendeu alguma coisa nova.
O segundo ponto é a extraordinária capacidade de, em uma época em que os computadores eram meras carroças se comparados às máquinas modernas (os primeiros micros equipados com o 80386 da Intel estravam no mercado), antever um mundo em que os computadores, conectados, serviriam como fonte de informação e aprendizado praticamente universal. A impressão que se tem é que a entrevista está sendo dada em um mundo onde a Internet funciona exatamente como a que desfrutamos hoje, com fornecedores de informações como Google e YouTube em plena atividade, arquivos na “nuvem”, redes sociais, o diabo. Parece que o homem estava chegando de uma visita aos nossos tempos.
Achei as posições e opiniões de Isaac Asimov tão extraordinárias no contexto em que foram emitidas e suas previsões, até agora, tão assustadoramente exatas, que achei por bem compartilhá-las com vocês. Poderia fazê-lo simplesmente fornecendo os atalhos como fiz acima. Mas, infelizmente, os vídeos são apenas em inglês (há um exemplar com um trecho da entrevista com legendas em espanhol que, quem se interessar, pode encontrar < http://www.youtube.com/watch?v=oIUo51qXuPQ&feature=related > aqui).
Por isto me dei ao trabalho (melhor: ao prazer) de transcrever, o mais fielmente possível, o conteúdo da entrevista e pô-lo aqui à disposição de vocês.
Cogitei entremear o texto com alguns comentários. Depois, pensei melhor e desisti. Afinal, quem sou eu para dar pitacos em uma entrevista de um gênio deste quilate.
Assim, aqui vai para vosso deleite a tradução mais fiel que consegui fazer da entrevista. Bom proveito.
PS: A terceira parte da entrevista não foi incluída porque ela pouco tem a ver com tecnologia. Mas apresenta uma visão tão extraordinária sobre a questão do misticismo, exposta com uma lógica e clareza tão vivas, que merece toda atenção e ponderação.

O prazer de aprender
Bill Moyers - Você acredita que nós podemos educar a nós mesmos? Que qualquer um, a qualquer momento, pode vir a dominar um assunto que instiga sua imaginação?


Figura 2: Bill Moyers entrevistando Asimov

Isaac Asimov: Bem, a chave está na expressão “que instiga sua imaginação”. Há assuntos que simplesmente não instigam minha imaginação e duvido que eu possa me obrigar a aprendê-los. Eu nunca estive realmente interessado em economia, por exemplo, ou psicologia, ou em arte – não me refiro à arte como espectador, mas como estudioso, autoridade no assunto – e em consequência disto mesmo que eu tente ler sobre eles, o conhecimento “ricocheteia”. Por outro lado, quando se trata de um assunto em que eu estou ferozmente interessado, então para mim é fácil aprender sobre ele. Eu leio, eu o absorvo, eu o capturo animada e alegremente. Escrevi mais livros sobre astronomia que sobre qualquer outra ciência, ninguém jamais reclamou que meus livros sobre astronomia continham erros ou tolices e eu jamais fiz um curso de astronomia, sou inteiramente autodidata no tema. Por outro lado, escrevi relativamente poucos livros sobre química, ciência que estudei e na qual tenho um doutorado. Mas eu sei química demais para me divertir com o assunto. Já astronomia é diferente.
BM: - Para você, aprender é instigante, pois não?
IA: Ah, sim. Eu creio que aprender é o verdadeiro processo de se programar e de saber que agora há mais uma face do universo que você conhece, que pode pensar sobre ela e entendê-la. Creio que quando chegar a hora de morrer – e esta hora chegará para todos nós – haverá certo prazer em pensar que você utilizou sua vida bem, que tendo apenas este universo e apenas este tempo de vida para tentar captá-lo, aprendeu tanto quanto pôde, absorveu tanto quanto possível do universo e gostou disto. E, embora seja inconcebível que alguém possa captar mais que uma minúscula porção dele, sentir que pelo menos conseguiu captar esta porção.
Que tragédia seria ter atravessado a vida sem conseguir absorver nada disto...
BM: - O que acontece comigo quando aprendo alguma coisa nova é que me sinto um pouco mais à vontade neste universo. Meu receio é que quando eu esteja no ponto de me sentir realmente confortável, chegue o fim...
IA: Sabe de uma coisa, eu costumava me preocupar com isto. Pensava: “eu, gradualmente, vou enchendo minha mente cada vez mais com conhecimentos, até ter uma mente maravilhosa e um dia vou morrer e tudo será perdido”. Então eu me dei conta que este não seria meu caso. Toda a ideia que tive, escrevi. E estão todas lá, no papel. Então eu não terei ido em vão. Elas estarão lá.
BM: - Você entende a pressão que isto exerce sobre o resto de nós? Não é possível que as pessoas pensem “bem, já que não posso publicar minhas ideias como Isaac Asimov e saber tanto quanto Isaac Asimov, para que aprender?”
IA: Bem, um pouco sempre é melhor do que nada. Na verdade, pode-se dizer que eu exagerei. Ultimamente tenho pensado que as pessoas podem achar que eu sou uma aberração. Há certo prazer em escrever cem livros. O sujeito pensa: “É, eu realizei alguma coisa”. Depois, duzentos. Mas agora tenho 391 publicados e até o final deste ano serão quatrocentos. E eu tenho a intenção de continuar, porque o processo de escrever me agrada. Ao fim e ao cabo me parece que ninguém liga para o que eu escrevo, somente para o número de publicações...
BM: - E como você explica você para você mesmo? O que faz um homem saber tanto que ele possa escrever quatrocentos livros?
IA: Bem, eu presumo que seja um sentimento de hedonismo. Eu simplesmente gosto muito. É puro prazer. O que faz Bing Crosby ou Bob Hope jogar tanto golfe? Eles gostam...

Inventando Google e YouTube (ou coisa parecida)
BM: - Você acredita que este sentimento seja contagioso e se espalhe entre as pessoas comuns? Esta paixão que você tem por aprender? Poderemos ter uma revolução na educação?


Figura 3: Asimov entronizado (Concepção de Rowena Morril)

IA: Sim, eu penso que não apenas poderemos como seremos obrigados a isto. À medida que os computadores evoluírem, cada vez mais caberão a eles as tarefas que os humanos mesmo hoje já não deveriam estar fazendo porque não dependem do uso do cérebro e são maçantes. Um dia não mais sobrarão trabalhos deste tipo para os homens. Tudo o que restará para eles serão tarefas mais criativas. E a única forma pela qual poderemos nos entregar a tarefas mais criativas é ter cérebros voltados para elas desde o início. Você não pode fazer um ser humano trabalhar em algo que subutilize seu cérebro por décadas e décadas e de repente dizer: “bem, este trabalho não mais precisa ser feito por você, vá fazer algo mais criativo”. Você já tirou a criatividade dele. Mas se, desde o início, as crianças forem educadas no sentido de apreciar sua própria criatividade, então provavelmente poderemos, quase todos nós, sermos criativos. Na antiguidade poucas pessoas sabiam ler e escrever, o domínio da leitura e escrita é uma coisa relativamente nova e na verdade há muita gente que ainda não o exerce. Mas quando a sociedade se envolve em educação de massa, a maior parte das pessoas acaba alfabetizada. 
Quando tivermos computadores em todas as casas, cada um deles conectado a enormes bibliotecas, nos quais qualquer um, mesmo uma criança, possa fazer qualquer pergunta e receber respostas e material de referência sobre qualquer tema em que esteja interessado, possa acompanhar o assunto mesmo em sua própria casa, mantendo seu próprio ritmo, seguindo sua própria direção em seu próprio tempo, então todos poderão apreciar o prazer de aprender.
Hoje, o que se considera “educação” nada mais é que forçar o conhecimento para dentro das pessoas. E todo o mundo é obrigado a aprender as mesmas coisas, no mesmo dia e obedecendo ao mesmo ritmo dentro da mesma sala de aula. Mas cada pessoa é diferente da outra. Para alguns é demasiado rápido, para outros demasiado lento e para outros ainda na direção errada. Então dê a elas uma oportunidade além da escola – eu não sou contra a escola, o que imagino é algo complementar a ela – para seguir sua própria vocação desde o início.
BM: - E o que você acha do argumento que computadores, máquinas, “desumanizam” a educação?
IA: Ora, pois na verdade é justamente o oposto. A mim parece que é justamente através das máquinas que poderemos estabelecer uma relação de um-para-um entre a fonte de informação e seu consumidor. Na antiguidade havia tutores para as crianças. Uma pessoa que tinha recursos financeiros podia contratar um educador para ensinar a seus filhos que, se fosse um bom profissional, adaptaria seus ensinamentos aos gostos e habilidades dos alunos. Mas quantas pessoas podiam contratar um educador? A maioria das crianças não tinham acesso à educação.
Hoje chegamos ao ponto em que se considera absolutamente necessário educar a todos. A única forma que podemos fazê-lo é contratar um professor para um grande número de estudantes. E para poder manter as coisas organizadas, foram estabelecidos currículos e disciplinas. Mas quantos professores são realmente bons? Como em qualquer outra atividade, o número de professores é muito maior que o número de bons professores. Então ou podemos garantir uma relação de um-para-um para poucos ou uma relação de um-para-muitos para a maioria. Com os computadores teremos a possibilidade de estabelecer uma relação de um-para-um para a maioria. Qualquer pessoa pode ter um “professor” na forma de acesso direto a todo o conhecimento acumulado da espécie humana.
Com ele, até a pessoa que procura apenas informações sobre, digamos, baseball, acaba se envolvendo com matemática ao examinar as estatísticas dos jogadores. E quanto mais ela se envolve com as estatísticas mais se envolve com matemática tentando interpretar o que realmente significam. Isto pode fazer com que ela acabe se interessando mais por matemática que por baseball, sem ser obrigada a isto, desde que esta seja sua verdadeira vocação. Por outro lado, uma pessoa que se interesse por matemática pode ficar intrigada com a forma pela qual se pode arremessar uma bola em curva. E acabar se envolvendo pessoalmente com o esporte. Por que não?
BM: - Temos um grande problema educacional em nosso país, especialmente no que toca a prover educação para as crianças pobres. Você acha que poderemos fazer com que cada uma delas tenha acesso a seu próprio computador?
IA: Talvez não no início. Mas é um problema equivalente a suprir cada cidadão deste país com água potável. Há algumas nações onde é impossível fornecer água a todos exceto em circunstâncias especiais... Mas há países onde é possível abastecer quase toda a população. Os Estados Unidos são um país que abastece com água pura uma porcentagem de sua população maior que qualquer outro país. Não é que esperemos que cada um tenha seu próprio computador completo com igual acesso às fontes de informações, mas deve-se tentar atingir esta meta. E à medida que o tempo passa, cada vez mais pessoas terão. Quando eu era jovem, poucos tinham seu próprio carro ou telefone e quase ninguém tinha ar condicionado. E hoje estas coisas são bens comuns quase universalmente. Com os computadores pode acontecer o mesmo...
BM: - Seria como se cada aluno tivesse sua própria escola particular?
IA: Sim. E uma escola que pertencesse a ele ou ela. Ele seria o único a determinar o que aprender, o que estudar nela. É claro que esta não seria sua única fonte de conhecimento, ele ainda teria que ir à escola para interagir com os professores e outros alunos e aprender certas coisas que precisa saber, não se poderia fugir disto. Mas ele teria meios de encontrar a alegria da vida que é seguir sua própria vocação.
BM: - Esta revolução que você menciona, a busca pessoal pelo conhecimento, não seria apenas para jovens, pois não?
IA: Claro que não. E este é um excelente ponto. Jamais apenas para os jovens. E esta é outra dificuldade que estamos encontrando na educação. Ela é concebida para os jovens e por isto as pessoas são levadas a pensar que o aprendizado é algo que pode se terminar. E o que é pior: que este término é um rito de passagem para a idade adulta: “eu já acabei meus estudos, não sou mais uma criança”. Em consequência disso, tudo aquilo que se reporta à escola, como ler livros, ter ideias, fazer perguntas, é “coisa de criança”. “Agora você é um adulto, não faz mais este tipo de coisa”.
BM: - A escola torna-se uma prisão, a recompensa é sair dela...
IA: Exatamente. E toda criança sabe disto. Toda criança acredita que só vai para a escola porque é pequena, fraca. Faz o possível para sair dela o mais cedo possível e, quando consegue, se regozija por ser “um homem precoce”... E a consequência disto é que as pessoas têm como objetivo “não aprender mais” e sentem vergonha de ter que voltar a estudar. Mas se tivermos acesso (referindo-se o acesso universal à informação através dos computadores) então qualquer pessoa, em qualquer idade, poderá aprender sozinha. Poderá continuar a se interessar por aprender.
Ora, se você sente prazer em aprender, não há qualquer razão pela qual deva parar quando chega a certa idade. As pessoas não param de fazer o que gostam ao chegarem a uma determinada idade. Não param de jogar tênis só porque completaram 40 anos, não deixam de fazer sexo só porque completaram 40 anos, continuam fazendo estas coisas enquanto podem só porque gostam de fazê-las. E o mesmo ocorrerá com a educação. O problema é que a maioria das pessoas não sente prazer com ela devido às circunstâncias. Dê-lhes a possibilidade de ter prazer e seguirão aprendendo. Há um caso famoso de Oliver Wendell Holmes, que viveu até os noventa anos. Certa ocasião ele estava hospitalizado, já no fim da vida, próximo aos noventa, quando recebeu a visita do Presidente Roosevelt, que o encontrou lendo um compêndio de gramática grega. E, ao ser indagado pelo presidente por que lia aquilo, respondeu: “- Para exercitar minha mente, Senhor Presidente”.

um compêndio de gramática grega. E, ao ser indagado pelo presidente por que lia aquilo, respondeu: “- Para exercitar minha mente, Senhor Presidente”.

B. Piropo