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B. Piropo
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07/04/1997

<Número de série de discos>


P: Por que cada vez que um disquete ou disco rígido é formatado, seu número de série sofre alteração? No meu entender, sendo o número de série a identificação do produto, jamais deveria mudar.
R: Repare que o número de série, assim como o nome, refere-se ao "volume", não ao disco (se duvida, verifique com o comando DIR). "Volume" é a forma pela qual o sistema operacional se refere a uma unidade lógica, à qual é atribuída uma "letra" ou designador. Que pode ser um disco (como no caso dos disquetes ou discos rígidos com uma única partição), ou uma partição (no caso de discos rígidos subdivididos em mais de uma partição). Por exemplo: em um micro com um único disco rígido subdividido em três partições, cada uma será encarada pelo sistema como um "volume" diferente, receberá um diferente designador (no caso: C, D e E), um diferente número de série e, se o usuário decidiu "batizá-lo" quando o formatou, um nome escolhido pelo usuário. Tanto nome quanto número são criados durante a formatação. O nome é solicitado ao usuário, que pode digitar um nome qualquer ou simplesmente teclar ENTER e deixar o volume sem nome. Já o número de série é criado automática e obrigatoriamente pelo sistema. Isto acontece tanto para partições de discos rígidos quanto para disquetes, já que do ponto de vista do sistema operacional uns e outros constituem "volumes". Nome e número de série servem para identificar o volume, mas não como "produto" e sim como unidade lógica. Esta identificação, embora quase nunca usada por programas para PCs (ao contrário dos MacIntosh, que quando usam mais de um disco rígido sempre se referem a eles por seus nomes), pode ser muito útil desde que o software saiba tirar vantagem dela. Por exemplo: armazenando o nome e o número de série do disco onde foi gravado um arquivo que está sendo editado, um programa pode detectar que o usuário mudou o disquete no drive antes de tentar gravar alterações naquele arquivo e pedir que o disquete original seja reintroduzido no drive, exibindo seu nome e número de série. O número de série existe justamente para evitar que a identificação venha a falhar caso o usuário escolha nomes iguais para diferentes volumes. Ele é criado no momento da formatação através de um algoritmo que usa como base a data e hora armazenadas no relógio interno do micro, o que torna desprezível a probabilidade de que dois volumes venham a ter o mesmo número de série e se constitui, portanto, em um sistema altamente confiável para monitorar trocas de volumes nos drives.

B. Piropo