Sítio do Piropo

B. Piropo
< Windows >
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11/09/2000

< Com que freqüência >
< usar o Defrag? >


P: De quanto em quanto tempo se deve usar o defrag do windows 98 ? Não causa problema para a cabeça de gravação?

Paulo Roberto

R: O “Defrag”, ou “desfragmentador de disco” de Windows, é mais um dos muitos utilitários que são fornecidos juntamente com Windows (ver Dica desta semana). A “fragmentação” é um fenômeno que decorre da forma pela qual os diversos sistemas de arquivos administram a distribuição de espaço em disco pelos arquivos. Discos são divididos em faces que contêm trilhas (circunferências concêntricas) que por sua vez são divididas em setores (arcos de circunferência) onde são efetivamente gravados os dados. Raramente os arquivos cabem em um setor e por isso geralmente ocupam diversos deles. Quando o disco é virgem, os arquivos são gravados em setores adjacentes e sucessivos, o que faz as trilhas serem ocupadas em ordem. Mas na medida que arquivos vão sendo removidos, vão surgindo “buracos” formados por setores vagos entre os arquivos que permanecem no disco. Estes setores vão sendo oferecidos para os novos arquivos que são gravados no disco. Que, muitas vezes, precisam de mais setores que os arquivos que foram removidos. Isso faz com que os novos arquivos venham a se “espalhar” por conjuntos de setores não adjacentes, ou seja: ao invés de ocuparem um trecho contínuo, ocupam diferentes fragmentos de trilhas diversas. Isto prejudica o desempenho do sistema, já que para ler um arquivo fragmentado a cabeça de leitura/gravação precisa se movimentar mais, “pulando” de trilha em trilha para ler todos os setores “espalhados” nos diversos fragmentos. A função dos desfragmentadores de disco é redistribuir os arquivos de forma a que venham a ocupar setores adjacentes, eliminando a fragmentação. Como o uso do disco é dinâmico e arquivos vão sempre sendo removidos e acrescentados, essa tarefa deve ser feita periodicamente. Sugiro fazê-lo semanalmente. E não se preocupe, isso não implica desgaste da cabeça de leitura/gravação nem prejudica a superfície do disco por excesso de uso: nos discos rígidos modernos as cabeças jamais tocam a superfície do disco, já que são fabricadas de tal forma que “flutuam” sobre um colchão de ar gerado pela própria movimentação dos discos (que giram a milhares de rotações por minuto) e pelo formato da cabeça.

B. Piropo