Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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06/10/2005

< Leitor de cartões >


Minha câmara digital usa cartões de memória tipo “SD”, sigla de “Secure Digital”. Por acaso o mesmo tipo usado no meu computador de mão, da linha “Palm”.

Na verdade, graças às suas pequenas dimensões e grande capacidade de armazenamento, esse tipo de cartão está se tornando cada vez mais ubíquo. São tão pequenos (24 mm x 32 mm x 2,1 mm) que costumo carregá-los nos estojos para evitar perdê-los. Não obstante o tamanho, há modelos com capacidade de armazenamento de até 1 GB e a indústria já planeja lançar cartões de 2 GB, 4 GB e 9 GB para breve (veja mais detalhes no sítio da SD Cards Association, em < www.sdcard.org/ >). Portanto não é de estranhar que ele hoje equipe, além de câmaras digitais e micros de mão, um mundo de dispositivos eletrônicos móveis como “tocadores” de música MP3, vídeo-clips, telefones celulares e agendas.

Minha câmara veio com um cabo USB. Para transferir as fotos para o disco rígido havia que conectar o cabo no micro, ligar a câmara, esperar que o programa fornecido com ela a reconhecesse e fazer a transferência. Um processo demorado e tedioso. Eu bem que preferiria fazer como na câmara antiga: removia o cartão da câmara, inseria em um leitor de cartões fornecido com ela e o conectava a uma porta USB do computador. Mas a câmara antiga usava um outro formato de cartão.

Dia desses encontrei a solução para o problema. Um leitor de cartões SD.

Custou menos de dez dólares. Mesmo porque não haveria razão para custar muito mais que isso: levantando a tampa metálica onde a marca está gravada, tudo o que se vê são alguns contatos metálicos ligados ao terminal USB e um compartimento onde se encaixa o cartão SD com seus terminais encostados nos contatos. Mais nada. Para usar, basta abrir o compartimento, introduzir o cartão, recolocar a tampa e encaixar o dispositivo em qualquer porta USB do computador. Se o sistema operacional for o Windows XP, isso é tudo. Se for uma das versões anteriores, basta instalar um driver.

Com ele, resolvi meu problema de transferir fotos para o micro. O leitor funciona como um “Flash drive”, um desses dispositivos de memória tipo flash que se comportam como um drive adicional. Tiro as fotos, removo o cartão da câmara, insiro no leitor, encaixo o leitor em uma porta USB e, como que por milagre aparece um novo “drive” no Windows Explorer. Basta abri-lo com um duplo clique e lá está a pasta contendo as fotos sob a forma de arquivos no formato JPG (o formato usado por minha câmara). É só criar uma nova pasta no meu disco rígido e arrastar para lá o conjunto de fotos. Se quiser posso até me dar ao luxo de examinar as fotos uma a uma e transferir apenas as melhores. É simples assim.

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Figura 1

Acontece que essa é apenas uma das funções do “keychain USB reader/writer”, nome oficial do dispositivo segundo seu fabricante. Que, por sinal, o produz em cinco modelos diferentes para acomodar os distintos tipos de cartões de memória (além do SD, os Memory Stick, Compact Flash, Smart Media e xD-Picture card). No sítio do fabricante (< http://web.mymediagear.com/Default.aspx?tabid=90 >) o preço é o mesmo, independente do modelo: US$ 9,95. No Brasil espere pagar um pouco mais devido aos custos de transporte e taxas de importação.

Mas bem que vale a pena. Porque transferir minhas fotos da câmara para o computador é apenas uma das utilidades do bichinho. Como, independente do tipo e da capacidade do cartão, ele funciona como um “flash drive”, pode ser a forma ideal de se transportar dezenas de GB de arquivos de dados em um volume extremamente pequeno. Basta usar um único leitor e um monte de cartões de memória. Se você se limitar a armazenar arquivos de dados (fotos, vídeo-clips, textos, plantas, gráficos, apresentações e mais o que sua criatividade mandar), pode ter acesso a eles em qualquer computador com Windows XP instalado. Um negócio danado de prático...

B. Piropo