Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques >
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13/04/2006

< Menus completos ou personalizados? >


O conceito de interface gráfica, como vimos semana passada, é mais antigo que o do computador pessoal. Houve mesmo algumas tentativas de implementá-la nos primeiros exemplares da linha PC (como a interface GEM, usada nos micros da linha Atari e adaptada para os da linha PC na segunda metade dos anos 80) mas infelizmente o poder de processamento dos micros pessoais daquela época, sobretudo no que toca à exibição de componentes gráficos no vídeo, não permitia o desenvolvimento de uma implementação suficientemente rápida para satisfazer as necessidades do usuário.

Mas os esforços continuaram e hoje as interfaces gráficas dominam o mercado, enfeitando não somente as telas das máquinas que rodam Windows como também praticamente todos os “sabores” de Linux. Isso sem falar na linha MacIntosh da Apple, sua primeira implementação bem sucedida (se você se interessa pela história das interfaces gráficas, visite o Guidebook em < www.guidebookgallery.org/ >).

O próprio Windows vem evoluindo bastante ao longo do tempo. A “cara” do Windows 3, a primeira versão bem sucedida do sistema operacional, pode ser considerada tosca se comparada à de Windows XP. E a da próxima versão, o Windows Vista, rodando em um micro com uma controladora de vídeo de última geração, é uma obra de arte.

Esta evolução deve-se principalmente aos esforços da equipe de especialistas que estuda a “usabilidade” dos programas e sistemas operacionais da Microsoft e sugere mudanças cujo objetivo é facilitar a vida dos usuários e tornar os programas mais fáceis de usar.

Mas nem sempre as alterações são do agrado geral. Por exemplo: uma das mudanças recentes se baseou na constatação de que o uso dos programas seria mais simples os menus fossem mais “limpos”, com menos entradas. Mas remover entradas não seria uma boa solução. Optaram então por ocultar as menos usadas, porém mantendo-as acessíveis: elas reaparecem ao se clicar em uma entrada adicional na base do menu com um sinal em forma de duplo “V” ou simplesmente deixando o menu aberto por algum tempo. A MS chama isso de “Menus personalizados”.

Há quem goste deles, há quem prefira a moda antiga, onde os menus se mostravam sempre inteiros. Provavelmente a maioria gosta, pois a MS tornou essa a configuração padrão em quase todos os seus aplicativos. Eu, particularmente, prefiro menus completos, pois examinar todo o conjunto de entradas pode ajudar quando se procura por uma determinada função que já usamos mas não recordamos em que menu a encontramos. Além de permitir uma visão mais ampla das possibilidades disponíveis.

Se você compartilha desta preferência, é fácil fazer seus menus completos reaparecerem. Nos aplicativos do Office, abra qualquer um deles, clique com o botão direito sobre um ponto vazio de qualquer de suas barras de ferramentas, selecione a opção “Personalizar” da janela que então se abre (ou acione a entrada “Personalizar” do menu “Ferramentas”), passe para a aba “Opções”, marque a caixa “Sempre mostrar menus completos” e saia clicando no botão “Fechar”. Isso aplica a alteração em todos os componentes do Office, inclusive o Visio, caso esteja instalado. Mas apenas do Office, não afetando o menu “Favoritos” do Internet Explorer nem o menu Iniciar de Windows XP (para quem usa o estilo “clássico” deste menu).

Para ter um menu Iniciar completo em Windows XP, clique com o botão direito do mouse sobre o botão “Iniciar”, escolha a entrada “Propriedades”, passe para a aba “Menu Iniciar”, marque “Menu Iniciar clássico”, clique no botão “Personalizar” e, no grupo “Opções avançadas do menu Iniciar” da janela “Personalizar Menu Iniciar Clássico”, desmarque a caixa “Usar menus personalizados”.

E para exibir um menu “Favoritos” completo no IE, carregue o programa, escolha a opção “Opções da Internet” do menu “Ferramentas”, passe para a aba “Avançadas” e desmarque a caixa “Ativar o menu ‘Favoritos’ personalizado” do grupo “Navegação”.

 

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B. Piropo