Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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10/01/2008

< Configurando a segurança no Office 2007 >


Na coluna anterior falamos sobre a Central de Confiabilidade do pacote Office 2007 (botão “Office” >> “Opções do (programa) >> “Central de confiabilidade”) e seu botão “Configurações da Central de Confiabilidade” que, ao ser acionado, leva à janela da “Central de Confiabilidade” do aplicativo Office correspondente. Hoje vamos ver como ela pode ser usada para facilitar a vida do usuário desabilitando alguns controles de segurança, sempre reiterando que cada controle desabilitado aumenta o conforto porém reduz o nível de segurança.

A janela das configurações da Central de Confiabilidade (ver figura) exibe dois painéis. O esquerdo seleciona a área de segurança, o direito exibe as configurações da área selecionada.

As áreas “Configurações do ActiveX” e “Configurações de Macro” controlam a execução de macros e controles ActiveX, rotinas de programação executadas “dentro” dos aplicativos Office concebidas para automatizar tarefas e facilitar a vida do usuário – e que, naturalmente, são aproveitados pelos calhordas que desenvolvem códigos mal intencionados para invadir os computadores dos usuários incautos. Ambas oferecem diferentes graus de proteção, que vão desde desabilitar todo e qualquer controle ou macro até permitir a execução de qualquer um deles. As configurações padrão são bastante razoáveis. Sugiro somente modificá-las se houver fortes razões para isto. Mesmo porque se você costuma abrir documentos que contêm controles ou macros sabidamente confiáveis, há um meio melhor (que logo veremos) de permitir o acesso somente a eles sem abrir brechas desnecessárias na segurança.

A área “Suplementos” permite criar restrições aos suplementos, objetos que adicionam funcionalidades aos aplicativos Office (como modelos globais e marcas inteligentes) e que podem mesmo serem instalados por programas de terceiros. Também neste caso as configurações padrão são aceitáveis. Mude-as apenas se necessário (por vezes a instalação de um suplemento cria algum tipo de incompatibilidade; neste caso, desabilite-o).

As áreas “Barra de Mensagens” e “Opções de Privacidade” apresentam configurações genéricas que permitem fazer um “ajuste fino” na segurança. As entradas são auto-explicativas. Examine-as e verifique se é ou não conveniente fazer alguma alteração.

A área “Editores confiáveis” oferece mais um meio de controlar macros e controles criados por “editores” e assinados digitalmente. Quando o usuário tenta executar um deles abre-se um alerta de segurança com três opções. A terceira, “Confiar em todos os documentos deste editor”, inclui o editor na lista de Editores Confiáveis. A partir deste momento todos os macros e controles assinados por este editor serão executados sem restrições.

Finalmente, o que mais nos interessa: a área “Locais confiáveis”, a mais poderosa (e, portanto a mais perigosa) delas. Ocorre que incrementar o nível de segurança de um aplicativo implica, sim, aumentar o desconforto do usuário, que tem mais arquivos bloqueados, é incomodado mais freqüentemente com avisos de segurança e solicitações de permissão e coisas que tais. Estes procedimentos visam impedir que a abertura de documentos provenientes de fontes não confiáveis provoquem danos à máquina e ao sistema. Mas por que fazer o mesmo com aqueles cuja procedência é confiável? Pois bem: a área de segurança “Locais confiáveis” permite que o usuário informe ao programa que certas pastas de seu disco rígido (ou da rede, mas neste caso o risco é grande) contêm apenas documentos garantidamente confiáveis. Para acrescentar uma pasta basta selecionar “Locais Confiáveis”, clicar no botão “Adicionar novo local” e incluir a pasta desejada. Mas atenção: só faça isso com pastas que contiverem documentos efetivamente confiáveis, pois o Office passará a abri-los sem submetê-los a qualquer controle de segurança. Ou seja: a responsabilidade pela garantia da segurança daqueles documentos passa a ser sua, não mais do Office. Use esta opção com cautela.

Figura 1

B. Piropo