Semana passada dissemos que existem diversos sistemas operacionais 
              para nossos micros, que são esses sistemas operacionais os responsáveis 
              pelo gerenciamento da distribuição de arquivos nos discos rígidos 
              e que esse gerenciamento pode ser feito de maneiras diferentes, 
              ou seja, usando diferentes “sistemas de arquivos”. E que nem sempre 
              eles se “entendem”.  
             Vejamos 
              um exemplo. O DOS é um sistema operacional que só sabe cuidar de 
              discos rígidos usando um único sistema de arquivos: o que se baseia 
              na FAT, que já conhecemos. Já o OS/2 é outro sistema operacional. 
              Que também “sabe” usar a FAT, mas sabe usar ainda um outro sistema 
              de arquivos mais aperfeiçoado, o HPFS (um dia, quem sabe, discutiremos 
              um e outro e veremos porque o HPFS é mais aperfeiçoado que a FAT; 
              por enquanto, simplesmente acredite nesse vosso amigo que jamais 
              vos enganaria). Então, se um disco rígido estiver usando o sistema 
              de arquivos baseado na FAT, tanto o OS/2 quanto o DOS seriam capazes 
              de encontrar qualquer arquivo no disco. Mas o que aconteceria se 
              o disco estivesse usando o sistema de arquivos HPFS? Bem. nesse 
              caso o OS/2 saberia localizar arquivos nele, mas o DOS se perderia 
              completamente: para ele, aquele disco pareceria totalmente “embaralhado”. 
               
            
 Pois 
              bem: as partições servem para que possamos usar mais de um sistema 
              operacional em nossas máquinas. Mais nada (se alguém disser algo 
              diferente, por maior que seja a convicção com que o diga, garanto: 
              está enganado; o particionamento serve para isso e com esse fim 
              foi concebido - todo o resto é meramente conseqüência). E mais: 
              embora possamos subdividir um disco rígido em até no máximo quatro 
              partições, só existem dois tipos de partição: principal (ou primária) 
              e estendida.  
            
 Agora 
              prepare-se que vou lançar ainda mais confusão em sua mente: você 
              pode ter tantas partições principais quantas queira em seu disco 
              (até o máximo de quatro, evidentemente), mas somente uma delas poderá 
              estar ativa de cada vez. Em contrapartida, somente poderá criar 
              uma partição estendida. Mas ela estará sempre ativa e poderá ser 
              subdividida em tantas unidades lógicas quantas você queira, até 
              um máximo de vinte e duas.  
            
 Pronto: 
              agora mesmo é que a coisa complicou...  
            
 Então 
              vamos, passo a passo, destrinchar essa complicação toda, começando 
              com o conceito de partição principal e estendida.  
            
 Uma 
              partição principal é aquela que pode ser usada para dar o boot, 
              ou seja, carregar os arquivos de um sistema operacional ao se ligar 
              a máquina (é claro que os arquivos do sistema operacional precisam 
              estar gravados nessa partição, ou seja, o sistema operacional precisa 
              ser previamente “instalado” na partição). Embora ela ocupe apenas 
              parte de um disco rígido (sim, pois você ainda se lembra que a partição 
              nada mais é que um “pedaço” do disco rígido), para o sistema operacional, 
              para você e para os programas, a partição principal aparece como 
              se fosse um disco rígido independente, uma “unidade lógica”. E mais: 
              aparece sempre como “drive C:”.  
            
 Sim, 
              você entendeu direito: é possível ter até quatro partições principais, 
              mas toda partição principal aparece como drive C:. E é justamente 
              por isso que somente uma delas pode estar ativa de cada vez. Siga 
              adiante que você logo entenderá porque.  
            
 Imagine 
              que você queira instalar em seu disco rígido três sistemas operacionais 
              diferentes. Por exemplo: DOS, OS/2 e Windows NT. Imagine ainda que 
              seu DOS usará o sistema de arquivos baseado na FAT, o OS/2 usará 
              o HPFS e Windows NT o NTFS. Seria isso possível?  
            
 Mas 
              claro que sim. Particione seu disco rígido em três partições principais, 
              ou primárias. Em uma delas, instale o DOS e sua FAT. Em outra, instale 
              o OS/2 e seu HPFS e na terceira instale o Windows NT e seu NTFS. 
              Pronto. Quer usar o DOS? Pois dê o boot pela primeira partição principal. 
              Ela aparecerá como Drive C. O DOS poderá encontrar qualquer arquivo 
              nela, pois ela usa a FAT e de FAT o DOS entende como ninguém. E 
              as outras duas partições? Bem, lamento, mas para todos os efeitos 
              práticos, enquanto o DOS estiver controlando a máquina, elas não 
              existem. Primeiro, porque como sabemos somente uma partição principal 
              pode estar ativa de cada vez (senão você teria mais de um Drive 
              C:, o que daria uma confusão medonha). Depois, porque mesmo que 
              você pudesse acessá-la com uma outra letra de drive (ou “unidade 
              lógica”), de nada adiantaria, pois elas usam sistemas de arquivo 
              que o DOS não “entende”, e para o DOS apareceriam como discos embaralhados. 
               
            
 Então, 
              para que servem as outras duas partições?  
            
 Isso 
              é o que veremos semana que vem... 
                
                
               
            
B. 
              Piropo