Micro Cosmo
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19/08/96

< Discos Rígidos: Instalando e Formatando >


Hoje começamos a nova fase deste MicroCosmo abordando um assunto sugerido pelo Eduardo Ivo Chaves Kelner, que me pergunta “como formatar um disco rígido, a seqüência de programas a serem colocados, DOS, etc”. Achei a idéia tão interessante que resolvi ampliá-la, abordando tanto o que é preciso para formatar um disco rígido quanto o que é necessário para instalar um novo. Porém, para não tornar a série desnecessariamente extensa, nos restringiremos aos drives ATA ou IDE (ou ainda EIDE). Uma restrição razoável, já que a imensa maioria dos novos discos rígidos são IDE (na prática, ficarão de fora apenas os drives SCSI - melhores, mais rápidos, porém mais caros e, talvez por isso mesmo, mais raros).

Para facilitar o entendimento vamos subdividir o assunto em três situações distintas. Na mais simples veremos o que é necessário para apenas reformatar o disco rígido e reinstalar o sistema operacional e programas, situação muito comum quando se usa Windows, andou-se instalando e removendo programas e acabou-se com o HD cheio de arquivos inúteis ocupando espaço desnecessariamente. Na mais complexa discutiremos a instalação de um disco rígido que se destina a substituir o existente, incluindo os passos necessários para transferir o conteúdo do disco antigo para o novo. E, finalmente, examinaremos ainda uma situação de nível de complexidade intermediário: a de quem deseja ampliar seu espaço para armazenamento de arquivos e decidiu instalar um segundo disco rígido, mantendo o atual. As três situações têm muito em comum, mas apresentam peculiaridades que merecem ser discutidas.

Como sabem os leitores que acompanharam a série sobre o padrão ATA publicada há poucos meses na Trilha Zero, cada controladora IDE (ou ATA, o que vem a dar no mesmo) suporta no máximo dois drives. O que fazia deste número o limite máximo que um micro poderia suportar. Porém, com a recente atualização do padrão, foram estabelecidas condições para que duas controladoras IDE, uma primária e outra secundária, pudessem conviver na mesma máquina - elevando o número máximo de dispositivos IDE que um micro pode suportar para quatro (e note que eu mencionei “dispositivos” e não mais “discos rígidos”, já que a alteração do padrão permitiu também conectar outros dispositivos, como drives de CD-ROM, à controladora IDE). No entanto, como as duas controladoras funcionam independentemente e cada uma suporta no máximo dois dispositivos, vamos restringir as discussões à adição de um segundo drive, já que caso o usuário pretenda instalar ainda mais um, ele não será o “terceiro”, mas sim o primeiro da controladora secundária.

Semana que vem poremos a “mão na massa”. Enquanto isso, se você tem dúvidas sobre questões teóricas relativas ao padrão ATA, sugiro dar uma volta no Globo On, passar pela Sessão Nostalgia do Informática Etc. e baixar a coleção da Trilha Zero de 95 e 96 para refrescar a memória relendo a série sobre IDE e Fast ATA, já que aqui nos restringiremos aos aspectos eminentemente práticos do problema.

B. Piropo