Sítio do Piropo

B. Piropo

< Coluna em Fórum PCs >
Volte
06/10/2008

< Ainda sobre Linux, e retirando >
<
a mão da cumbuca... >


Então vamos lá, colher os frutos da coluna da semana passada. Que gerou um debate saudável e educado. Mas vamos primeiro aos comentários do mestre Joffily, que como prometi, aqui estão na íntegra. Minhas considerações seguem depois dos trechos em itálico, todos de autoria do Joffily.
Agradeço ao Mestre Piropo pela generosidade em abrir o debate de uma forma tão democrática.

SOBRE AS DIFERENÇAS ENTRE SOs DE COMPUTADORES E OUTRAS MÁQUINAS:

No caso dos Airbus 380 desconheço o sistema operacional, bem como seus programas. Porém, tenho certeza que não são simples como podem parecer. Os telefones celulares, projetados para uso específico, executam programas com complexidade bem menor que os micros. Jogos, principalmente se forem desenvolvidos em linguagem Java, costumam causar pouco impacto em telefones móveis (quem realmente se comunica com o hardware é a Máquina Virtual Java, que já está instalada no sistema). Deve-se ter atenção, antes de baixar, porque alguns programas disponíveis na internet podem conter vírus. É o que explico. Não é tão simples. O usuário tem de pelo menos procurar se informar antes de baixar o programa desejado e instalá-lo. Neste caso, encontrar informação é relativamente simples para a maioria das pessoas habituadas a realizar pesquisas em mecanismos de busca. Encontra-se informações com facilidade. Como também software e hardware são padronizados, sofrem poucas alterações. Impactam pouco o SO que habitam. Os softwares são acrescentados a ele, mas o hardware, não. Assim sendo, simplifica-se o trabalho do SO (para quem não sabe: alguns modelos vêm com Sistemas Operacionais instalados).

PORQUE OS COMPUTADORES NÃO SÃO ELETRODOMÉSTICOS COMO QUAISQUER OUTROS:

Um microcomputador é muito mais versátil, tem a possibilidade de executar tarefas concorrentemente no caso dos monoprocessados e paralelamente no caso dos que possuem dois ou mais núcleos. Logo, o SO é muito mais complexo, o hardware difere de uma máquina para outra, há possibilidades infinitas de configuração. Quando tudo isso é ligado junto podem se manifestar alguns problemas que um usuário leigo não saberá resolver sozinho. Nem sempre clicar em OK resolve a situação. Tem de haver análise para identificar o que está acontecendo. Embora estes quesitos independam de sistema operacional, eles têm grande peso. A instalação de uma placa de captura e sintonia de TV pode impactar tanto hardware quanto software. Imaginem um usuário, desavisado, instalando uma placa deste tipo em um Pentium 1.2Ghz supondo que vai conseguir gravar e a assistir vídeos com qualidade de DV. Jamais conseguirá. O processador não suportará a resolução desejada. TVs, telefones demais aparelhos (excetuando-se o Airbus 380), por serem mais simples e terem menos circuitos para interferir, se prestam muito bem a esta função próxima a de um eletrodoméstico. Por outro lado, nos microcomputadores há muito mais coisas para interferir no resultado final. Para resolver um problema, ou se sabe realizar a tarefa, ou se paga um profissional para executar o serviço.

O CONTEXTO NO QUAL FOI USADO O TERMO “ELITE”:

A elite a que me refiro é composta por pessoas que possuem conhecimento de Unix e C/C++. Não afirmo, em hipótese alguma, que são mais que as outras pessoas. Infelizmente, alguns têm uma posição que beira o radicalismo, tachando de acomodado quem defende que haja uma modificação de rumo do movimento Linux, visando atingir e disseminar o SO em desktops atingindo os usuários leigos também.

PORQUE LINUX É MAIS USADO EM SERVIDORES E EMPRESAS QUE EM “DESKTOPS”:

Para servidores não faltam drivers. Possíveis problemas são rapidamente resolvidos. Para desktops, as coisas são diferentes. De uma forma geral há mão-de-obra treinada dentro da empresa, que fornece suporte adequado ao servidor e aos usuários. É necessário que se encontre uma forma mais rápida de solução para a maior parte dos problemas encontrados nos desktops. Estas máquinas possuem configurações heterogêneas e alguns fabricantes de hardware teimam em não fornecer informações para a confecção de drivers e nem mesmo se interessam em escrevê-los para Linux. Aqueles que não o fazem, agem desta forma por ser um sistema usado por poucas pessoas. Logo, não acham razoável investir tempo e pessoal que saiba empacotar os drivers, escritos por eles mesmos, para diferentes distribuições Linux. O interesse comercial fala mais alto. Quem perde com isso é o próprio usuário que, ao menor sinal de problema, abandona o sistema por não fazer a menor idéia de como resolver o caso. Para este pessoal o Linux é complicado. Uma vez rotulado de difícil ou qualquer denominação que venha a receber, será rejeitado de imediato. O que os usuários sabem é que em Windows funciona. Alguém acha que um médico, um dentista ou um advogado pode perder tempo procurando na internet algo que nem sabe o que é nem o que faz? Certamente procurará alguém para resolver o seu o problema. A saída mais fácil é formatar o HD e instalar uma versão do Windows, o sistema mais conhecido por leigos, rendendo-se a uma cultura criada e consolidada no meio corporativo com o DOS, que migrou para as pessoas (leram certo: a cultura dos produtos da Microsoft começou antes do Windows existir). Vencer este tipo de resistência não é simples. É um hábito. Hábitos são modificados ou por convencimento próprio ou por necessidade. Portanto, olhando-se por este ângulo, fica fácil entender mais um motivo para o sistema ser rejeitado por alguns usuários.

PORQUE OS USUÁRIOS LEIGOS REJEITAM O LINUX:

As pessoas ainda não se convenceram que precisam do Linux, assim como já aconteceu com o Windows. Embora o Linux tenha um kernel excelente e estável, sofra atualizações constantes e rápidas, possa ser personalizado para o equipamento do usuário, possua multitarefa bem feita, suporte até quinze processadores trabalhando em paralelo, seja opensource, teste a máquina e, caso haja defeito, costuma emitir aviso. Nada disto consegue convencer o usuário leigo simplesmente porque ele não se interessa por nenhuma destas razões. Não faz parte da realidade que o cerca. A abordagem para ele tem de ser outra. A gratuidade por si só não garante o convencimento nem atesta a necessidade.

SOBRE AS ATUALIZAÇÕES DAS DISTRIBUIÇÕES LINUX E A FALTA DE DRIVERS:

As distribuições Linux tem evoluído? Sim! Ainda bem!!! Consegue-se instalar na máquina um SO de excelente qualidade, rodando direto do CD e que, sem dúvida nenhuma, reconhece a maioria das máquinas existentes no mercado. Porém, se um usuário completamente leigo no assunto instalar este sistema em seu equipamento, quando instalar uma placa de som profissional, por exemplo, poderá se deparar com um problema: não haver driver disponível. Portanto, o investimento recém feito torna-se inútil. Culpa do sistema? Evidente que não. Mas o usuário quer que sua placa de som funcione. Precisa dela. Como evitar o impasse? Não adianta informar ao usuário que o problema é dele porque não procurou saber antes de adquirir se a placa de som funcionaria ou não em Linux. Ou que a culpa é do fabricante porque não fornece o driver ou, ainda, que este não libera as informações para a confecção do driver. O usuário em questão tem de tomar uma decisão: ou adota um sistema ou o outro para trabalhar. E não tem escolha: tudo é feito para funcionar em Windows. Não seria mais fácil para ele se durante a instalação, ou mesmo após, houvesse um aviso expresso que o orientasse que existe uma lista de hardware, contida em um banco de dados unificado onde poderá consultar todos os hardwares homologados (testados e que sabidamente funcionam em Linux), atualizado diariamente? As empresas terão uma razão a mais para investir em drivers e softwares. Com suporte mais eficiente mais usuários tendem a migrar para o Linux.

SOBRE AS VANTAGENS DO CONVÍVIO ENTRE USUÁRIOS LEIGOS E AVANÇADOS:

As características do Linux descritas anteriormente são apaixonantes para usuários médios e avançados. Principalmente para o usuário avançado. Talvez, seja por isso que são tão aguerridos. As empresas, seguindo a lógica do mercado, focam seus esforços para desenvolvimento de aplicativos, jogos etc. no sistema que domina o mercado. Portanto o foco do Linux tem de ser no usuário leigo, também, acabando com a idéia de que é um sistema usado por poucos. A minha impressão pessoal é que facilitar um pouco mais as coisas vai trazer uma mudança de comportamento por parte das empresas erradicando boa parte dos problemas já conhecidos por todos. Nunca se deve desestimular o usuário avançado: ele sempre poderá fazer da máquina o que desejar. Mas os dois mundos podem conviver pacificamente. Todos podem se beneficiar (peço aos colegas que antes de criticarem, pensem nas vantagens e desvantagens da idéia). Discutir qual sistema é melhor ou pior é secundário. Penso ser melhor provar. Que o próprio usuário eleja qual deles é o superior. Sei que a tarefa não é fácil, porém acredito que este caminho amplia as possibilidades uma alternativa viável em larga escala. Cada usuário pode e deve usar a distribuição que preferir. A padronização do Linux é um argumento extra para facilitar a disseminação do SO em desktops, acabando as dificuldades alegadas por fabricantes de software e hardware para a confecção de drivers e programas.

Acho que seria interessante que Mestre Piropo nos apresenta-se alguns pontos fundamentais na recente evolução do Windows e que, durante as discussões, os colegas apresentassem a evolução do Linux no mesmo período, de forma desapaixonada e educada. Se Mestre Piropo me permite: sugiro que façam o mesmo com o Mac OS X. E termino minha participação por aqui. Já "falei" muito. :)

Falou muito não, meu amigo. Falou o necessário. E quem agradece sua participação sou eu.

Isto posto, mesmo após ler o texto do Joffily e todos os comentários postados sobre a coluna anterior, a pergunta crucial (por que Linux, mesmo sendo gratuito, não consegue conquistar mais de quatro porcento do contingente de usuários?) ainda permanece sem uma resposta cabal (incidentalmente: hoje as < http://www.w3schools.com/browsers/browsers_os.asp > estatísticas do W3Schools relativas ao mês de setembro já estão disponíveis e dão conta que em relação a agosto, a porcentagem dos usuários de Vista cresceu de 12,5% para 13,2% enquanto que a de usuários Linux caiu de 3,9% para 3,8%). O leitor Seiti postou um atalho para a coluna de “UbuntuCat” < http://ubuntucat.wordpress.com/2006/07/28/the-linux-desktop-myth/ > “The Linux Desktop Myth” que, de acordo com o comentário de outro leitor (que não consegui localizar) seria “a resposta definitiva” para a questão. A referida coluna, que apresenta grande semelhança com a espada de D. Affonso Henriques (ambas são compridas e chatas), relata minuciosamente (e bota minuciosamente nisso) a laboriosa jornada do loquaz autor em busca de seu santo Graal: a distribuição ideal de Linux (que, segundo parece – pelo menos para ele – é o Ubuntu). Narra detalhadamente suas venturas e desventuras e em seguida discute as peculiaridades dos usuários típicos do sistema, aborda as características do Mac, lista uma série de medidas que a comunidade Linux deve tomar para “estimular o uso de software livre e de código aberto nas máquinas de mesa” (promote free and open source software on the desktop) e, depois de um texto de quarenta mil caracteres (este que você está lendo tem vinte mil, dos quais mais da metade não é de minha lavra, mas citações de comentários), e acaba por concluir que a maioria das pessoas não usa Linux porque, além de Windows ser mais visível (“is in the public eye”), não sabe sequer que Linux existe (“How can people properly assess if a Linux distro will meet their desktop needs if they don’t even know Linux has a desktop… or that Linux exists at all?”) – o que, naturalmente, não explica porque é tão grande o número de pessoas que recebem um computador com Linux instalado (e portanto sabem que ele existe) e cedo ou tarde o substituem por uma versão (geralmente pirata) de Windows. Portanto, a “resposta definitiva” não me pareceu tão definitiva assim.

Não obstante, garimpando nos comentários da coluna anterior (mais de 120 até o momento em que digito estas mal traçadas, portanto um número bastante razoável), pode-se encontrar algumas pistas que talvez apontem na direção correta.

Então vamos nessa. Considerando minha própria (admitida, declarada e reiterada) ignorância sobre o Linux e total falta de experiência com seu uso, procurei sorver os conhecimentos de quem, declaradamente, conhece o referido sistema operacional. Por isso, evitando ser acusado de parcialidade, selecionei exclusivamente trechos de comentários postados por usuários experientes de Linux (ou pelo menos que assim me pareceram, dada a intimidade com que defendem seu uso) ou por leitores que tivessem instalado e usado, ainda que somente por algum tempo, uma ou mais distribuições do Linux. Repetindo: todos os comentários adiante citados nos quais baseei as conclusões que abordo a seguir foram postados por usuários que defendiam o uso do Linux ou que tentaram usá-lo (com afinco) e foram obrigados a desistir ainda que a contragosto. Logo, provêm de membros ou ex-membros da comunidade Linux e que conhecem o sistema bem mais do que eu. E constam, no final da coluna, reproduzidos ipsis litteris, já que seria indelicado alterar textos de terceiros sem a devida autorização. Portanto, quem discordar dos argumentos, favor dirigir-se diretamente a quem postou os comentários. Eu nada mais fiz do que reuni-los de uma forma que me pareceu coerente.

Incidentalmente: uma parcela razoável dos comentários, como sói acontecer freqüentemente neste Fórum, nada tinha a ver com o assunto da coluna. Houve de tudo, inclusive um salutar debate sobre as virtudes do Mac, que entrou nessa como Herodes no Credo. Sobrou até para o pobre do iPhone, que foi injustamente comparado a uma pedra (injustamente porque, para que a comparação fosse menos parcial, dentre os quesitos incluídos deveria ser considerado o peso, já que a pedra é evidentemente mais pesada e portanto o desconforto de carregá-la de um lado para outro há de ser bem maior, e este importante detalhe foi deixado de lado; fora isto, nada a obstar quanto ao referido comentário). Além disso, inevitavelmente, muitos dos leitores, em vez de abordarem as razões porque o Linux é tão pouco usado, dedicaram-se à velha discussão de “qual é o melhor”. Alguns foram tão enfáticos que quase me convenceram que, efetivamente, o Linux é o melhor sistema operacional que existe. O que só serviu para aumentar minha perplexidade: se é tão bom e, ainda por cima, de graça, por que tão pouca gente usa?

Enfim, vamos ao que apurei (ver adiante). Segundo pude depreender da experiência relatada por seus próprios usuários, o Linux não tem uma aceitação maior no mercado porque:

  1. É mais difícil de usar e instalar que Windows (seis comentários). E é natural que usuários, iniciantes ou não, dêem preferência ao que é mais fácil do que ao que é mais difícil. Faz parte da natureza humana. Independentemente da cor da grama (pois, a julgar pelos insistentes comentários sobre este tema partidos de usuários Linux, parece que a eles mais apetece aquela que não é verde), o que os usuários desejam é que a digestão seja fácil.

  2. Linux oferece grande número de distribuições não padronizadas (quatro comentários). Este argumento parece sobrepor-se ao anterior, mas há uma sutil diferença entre eles. Porque o problema não se resume a escolher um SO, mas uma determinada “distribuição” de um sistema operacional que nem sempre é compatível: a) com as demais distribuições b) com as versões anteriores da mesma distribuição (veja o comentário de Phiron). O < < http://ubuntucat.wordpress.com/2006/07/28/the-linux-desktop-myth/ > artigo anteriormente citado do “UbuntuCat” dá uma boa idéia do longo e difícil caminho que precisa ser percorrido por um usuário Linux até encontrar sua distribuição ideal. E uma leitura rápida dos comentários abaixo mostram que nem sempre a distribuição ideal para um usuário é a ideal para outro.

  3. Carência de drivers (cinco comentários). Um sistema operacional só é útil na medida em que permite desfrutar do hardware de que se dispõe. Poucas coisas são mais frustrantes do que descobrir que, instalado tal ou qual sistema, não se vai poder mais usar um dispositivo de hardware – seja qual for – do qual se precisa para trabalhar. Neste caso o SO deixa de ser uma ajuda e passa a ser um estorvo. E, ao que parece, pelos comentários de seus próprios usuários, este é um problema comum a todas as distribuições de Linux.

  4. Incapacidade de rodar certos aplicativos (seis comentários). Como já disse Linus Torvalds – e eu costumo repetir freqüentemente – as pessoas não instalam sistemas operacionais para rodar sistemas operacionais. Elas instalam sistemas operacionais para rodar programas. E de nada me adianta instalar um SO que não me permite rodar os programas que eu uso em minha faina diária e nos quais investi dezenas de horas de treinamento para aperfeiçoar meus conhecimentos sobre seu uso. Não faz sentido mudar mesmo que o novo sistema operacional seja “melhor” (seja lá o que isso venha a significar; para mim, o melhor SO é o que satisfaz minhas necessidades). Por que razão eu deverei despender outras tantas horas para aprender a usar outros programas que farão (quase) a mesma coisa que faço com os programas que conheço e com os quais já estou acostumado? (veja comentário do mondragon). Apenas para ter o prazer de instalar um sistema operacional que, ça va sans dire, também terei que aprender a usar? Francamente...

Pois é isso. Agora começo a entender as verdadeiras razões pelas quais Linux é tão pouco usado. E razões que devem corresponder à verdade, já que foram colhidas dos comentários de quem efetivamente entende do assunto: os próprios usuários Linux.

E, mais uma vez: quem discordar de qualquer delas, por caridade, inicie a peleja (que, presumo, será sangrenta) diretamente com quem postou o comentário de onde ela foi retirada (as identidades dos autores, em negrito, estão no final de cada comentário). Comigo não. De mim, tenham piedade, pois não conheço Linux nem para defendê-lo nem para atacá-lo, quanto mais me informo sobre ele menos inclinado me sinto a querer conhecê-lo e não pretendo voltar ao assunto tão cedo.
Tesconjuro...

Aqui vão os comentários a que me referi acima, agrupados por assunto, sem qualquer alteração de minha parte. Bom proveito.

DIFICULDADE DE USO E INSTALAÇÃO

Outra característica do Linux que deve ser levantada é que ele apesar de ser um sistema mais antigo, o mutirão pela interface simples e facilidade de uso é muito novo. Eu uso linux diariamente tanto no trabalho quanto em casa, mas mesmo eu quando usei o Linux na década de 90 tive dificuldades de uso e desisti na época, retomando o uso a exatamente 5 anos atrás no começo dessa "revolução". Antigamente sim era necessário aprender muita coisa para usar o linux. Era preciso montar os disquetes no terminal além de ser necessário configurar o X antes de ter interface gráfica, mas isso é coisa do passado. (.Roger)
Vejam só, pendrive e camera fotográfica, eu me espantei, (grifo meu; BP) reconhece e funciona tudo automaticamente. Não precisa montar o pendrive, é espetar e já aparece uma tela perguntando o que você quer fazer como no Windows e o pendrive já está funcionando e a camera funciona no programa que vem no ubuntu sem precisar configurar nada. (txr) (OBS: mas qual a razão do “espanto”? Se Linux e suas distribuições são tão fáceis de usar e simples de instalar como o leitor afirma no restante de seu comentário, qual a razão de alguém que conhece tão bem o sistema “se espantar” com uma coisa corriqueira como o reconhecimento de dois periféricos tão comuns como um “pen-drive” e uma câmara digital? BP)

Eu acho muito difícil um usuário comum mudar seu SO só por ideologia. Se os programas que ele usa (em Windows) continuam o atendendo perfeitamente, porque mudar? Mesmo que no Linux hajam similares, porque o usuário vai gastar tempo aprendendo como operar outro SO, outros programas para fazer a mesma coisa?  (eduardo82)

Agora uma coisa é certa...muda a distribuição, parece que tem que aprender um novo OS . isso que dificulta. instalar as coisas então, é sempre uma busca certa ao Google. Não que seja TÃOOO dificil, mas cada coisa, uma regrinha diferente e nada instintiva. ao contrario do Windows. (audazsagaz)

Claro que isso é uma exceção, mas a instalação no windows é simples devido ao fato dos desenvolvedores criarem instaladores para seus software, coisa que pode ser feito para o linux tb ( mas falta interesse ). A instalação de softwares no linux seria bem mais simples se os desenvolvedores tivessem mais interesse, vide instalar o SDK java (sun) no linux, é praticamente Next, next, next, finish. (ucesario)

Sou usuário de Linux a 6 anos e concordo com a maioria dos argumentos citados. Apesar dos contínuos avanços para a intuitividade do sistema eu ainda não o recomendo para leigos em informática usarem sozinhos, sem auxílio.  Mas é perfeitamente possível usá-lo em ambiente de trabalho como um escritório por exemplo, onde o sistema já esteja perfeitamente pré-configurado para todas as necessidades (anderberin)

GRANDE NÚMERO DE DISTRIBUIÇÕES, FALTA DE PADRONIZAÇÃO

Um erro grave é querer pegar o Ubuntu como o representante do Linux, já que comparando com essas citadas, nota-se uma grande diferença de facilidade de uso. Ubuntu é mediana, Fedora, Mandriva e OpenSuse, são Windows Killer, porém sufocadas pela força marqueteira da Canonical (Bart)

Pra mim, o unico problema do Linux são as várias distros dele... Me irritei ao tentar instalar o drive da wireless do meu notebook, que não reconheceu de imediato na instalação, pois é... Encontrei vários drivers, sendo que cada um era para uma distro, no fim das contas nem baixando o drive correto para a distro que estava usando, o adaptador funcionou... Pra mim o Linux bom tem que ser igual o windows... Uma unica distro, ou então uma melhor universalização... Pra mim Linux ainda não é a hora, tem que evoluir e muito. (JPCasella)

* Software: Convenhamos, o linux não tem uma coisa que se chama retrocompatibilidade, por exemplo, se eu pegar um programa desenvolvido para o ubuntu 5 e tentar instalar no ubuntu 8 dificilmente ele vai funcionar, para o desenvolvimento de um programa como o AutoCad por exemplo, isso se torna inviável, eu uso o linux a mais de 8 anos, e eu não preciso de nada que está fora dos repositórios então para mim não há problemas, mas se eu fosse desenvolver software fechado isso com certeza seria um problemão! por isso alguns padrões são necessários. * Hardware: é a mesma questão do software, é claro que isso se resolveria se eles mandassem o código fonte para compilação, mas não podemos obrigar as pessoas a abrirem os códigos do seu software, isso temos que entender! (Phiron)

Aonde posso assinar para confirmar essa sua afirmativa... eis o MAIOR problema no mundo linux, o usuário fica COMPLETAMENTE perdido sem saber qual distribuição escolher, eu fui um, demorou uns dois meses até achar o que queria, (valknut)

CARÊNCIA DE DRIVERS

Para mim o Linux é de longe o melhor ambiente. Porém, infelizmente não existem drivers para tudo que possuo (Samuel_Pessorrusso)

Eu uso XP e Ubuntu e para mim ... dominar o Ubuntu ... foi muito mais fácil do que dominar o XP. O problema são as surpresas que quase sempre ocorrem com dispositivos cujas empresas ignoram Linux e como tal não fazem drivers, quanto mais installers ou manuais, dos seus produtos. (Darth_Kenobi)

Adoro testar as várias distribuições do Linux (me viciei nisso) e também sei intuitivamente resolver seus problemas. No windows minha intuição diz "vá atrás dos drivers nos sites do fabricante ou insira o CD de instalação". No Linux (independente de distribuição) minha intuição diz "vá procurar os diversos fóruns e torcer pra achar a solução". No Windows é certeza de funcionar e a pesquisa geralmente dura pouco. Já no Linux... (Agrias)

Creio que o GNU/LINUX evolui em escalas tão pequenas, apenas porque os grandes criadores de softwares/hardware não dao o mesmo suporte ao este incrivel sistema operacional... (MaikoID)

Grande parte dos problemas do Linux com hardware se devem aos fabricantes, que não liberam specs para que os desenvolvedores possam fazer seu trabalho -- a maioria dos drivers para Linux foi feito por engenharia reversa. Se devem também às softhouses, que não portam seus programas por motivos tão vagos quanto suspeitos. (Willem Diamond)

INCAPACIDADE DE RODAR CERTOS APLICATIVOS

Acho que isso recai muito naquela expressão: A primeira impressão é a que fica... o cara tem um mau primeiro contato com o Linux e já era! E outro fato sobre o Linux é que grande parte dos maiores "Fuçadores" (usuários avançados) de Pc e portanto potenciais usuários do Linux, são gamers e portanto correm e com razão do linux por causa do Directx é claro (uvapotta)

Após ler a coluna do Piropo e os comentários percebi que ninguém mencionou o pc como plataforma de jogos. Nesse quesito, infelizmente, o Linux perde de longe do Windows. Digo infelizmente, pois só não abandono o Windows por isso. (cbm)

Quanto mais avançado o usuário, mais eficiente precisa ser o SO. e ser eficiente significa também ter as aplicações adequadas. (Paulo Couto)

eu já tentei trabalhar com o linux (há algum tempo) mas tive que voltar para o windows por causa da falta de aplicativos na area (projetos de equipamentos eletrônicos) (Enriquec)

O linux é um otimo sistema operacional, leve, rápido, além da opção de poder fazer com que o Sistemas trabalhe como eu quero, mais para ele ser aceito e preciso chegar ao cliente doméstico, coisa que ainda esta muito longe seja ele na forma de instalar o próprio Sistema Operacional, alguns periféricos, rodar a maioria dos jogos, programas... Alguns problemas como compatibilidade com alguns programas, jogos e drives de hardware a culpa é dos proprios fabricantes e/ou programadores que não fazem drives para o linux, seja ele porque tem algum contrato comercial com a Microsoft ou pelo fato de poucos usuários utilizarem o linux. (souzasav)

maior problema encontrado foi o OFFICE pois mudar para OPENOFFICE não é tão simples assim, (mondragon)

 

B. Piropo