Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques >
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20/04/2006

< Inspecionando os discos >


Dentre todos os componentes de seu computador, os que combinam o maior grau de complexidade e importância com a maior fragilidade são sem dúvida os discos rígidos.

Discos rígidos são constituídos de um ou mais discos metálicos revestidos por uma superfície magnética extremamente delicada que giram com velocidades da ordem de dez mil rotações por minuto e, a menos que você faça os ajustes devidos (o que eu recomendo), permanecem assim durante todo o tempo em que o micro está ligado (incidentalmente: o ajuste para desligar os discos rígidos durante períodos de inatividade é feito no Painel de Controle, categoria “Desempenho e manutenção”, objeto “Opções de energia”, aba “Esquema de energia”, entrando na caixa “Desligar os discos rígidos” com o tempo de inatividade após o qual os discos rígidos devem ser desligados; embora sua finalidade precípua seja economizar energia, este ajuste contribui significativamente para aumentar a vida útil e preservar a integridade dos discos). Os dados são lidos e gravados por pequenas cabeças magnéticas que se movimentam rapidamente a uma distância da superfície magnetizada menor que a espessura de um fio de cabelo, não podendo jamais tocar nela pois um contato direto entre a cabeça e a delicada superfície magnética girando a milhares de rotações por minuto provocará um estrago considerável e inevitável perda de dados.

Por tudo isso, se tem uma coisa que me impressiona em todos esses anos que lido com computadores é a fé cega que a maioria dos usuários deposita em um negócio tão delicado, confiando a eles dados vitais cuja perda pode ser irreparável sem jamais se preocupar em verificar regularmente o estado dos discos e, o que é mais assustador, sem executar jamais cópias de segurança. Fé na tecnologia é isso aí...

E nem é tão difícil inspecionar os discos. Pelo menos para verificar quanto resta de espaço livre e executar uma eventual limpeza, removendo arquivos desnecessários.

Se você tem mais de um disco rígido em seu sistema (ou mais de uma partição em seu disco rígido o que, do ponto de vista lógico, vem a dar mais ou menos no mesmo), pode selecioná-los todos (ou apenas alguns, se assim o desejar) para inspecioná-los em conjunto. Para isto abra o objeto “Meu computador” de sua Área de Trabalho ou menu Iniciar, selecione todos os discos (o que pode ser feito premindo a tecla Ctrl e mantendo-a apertada enquanto seleciona cada unidade), execute um clique com o botão direito do mouse sobre qualquer um deles e escolha a entrada “Propriedades” do menu de contexto que então se abre para abrir a janela de Propriedades do disco, com tantas abas quantos forem os discos selecionados.

Um clique na aba correspondente exibe as propriedades de cada disco.

No alto aparece uma caixa com o nome do disco (que, se desejar, você pode alterar). Logo abaixo o tipo (disco local, unidade de CD, disco removível, etc.) e o sistema de arquivos (NTFS, FAT ou FAT32). Mais abaixo, as informações de maior interesse: o espaço livre e o usado por arquivos, expressos tanto numericamente quanto em um gráfico tipo “pizza”.

Na mesma janela o botão “Limpeza de disco” permite remover arquivos desnecessários (em geral arquivos temporários gravados pelo sistema ou pelo navegador para acelerar o acesso a certos sítios da Internet). Acostume-se a clicar nele regularmente.

Finalmente, na base da janela, duas caixas de dados. A última, “Indexar disco para agilizar pesquisa de arquivo”, convém deixar marcada para apressar as buscas realizadas com a entrada “Pesquisar” do menu Iniciar. A penúltima, “Compactar disco para economizar espaço”, vem desmarcada por padrão e eu aconselho a deixá-la assim. Há muito os preços de discos rígidos caíram abaixo do patamar que justifica a compactação para ganhar espaço. A queda na velocidade de acesso simplesmente não compensa.

 

Figura 1

B. Piropo