Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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03/01/2008

< Central de Confiabilidade >


Durante anos me acostumei a ouvir reclamações de usuários sobre as falhas de segurança dos produtos Microsoft, notadamente Windows e Office. Reclamações mais do que justas, diga-se de passagem, com as quais sempre estive de acordo. Pois no ano passado a MS lançou versões destes dois produtos com algumas inovações radicais, principalmente no campo da segurança, que, se não os tornou invulneráveis, pelo menos elevou o nível de segurança a um patamar mais do que aceitável. Agora, ouço reclamações de usuários alegando que as novas medidas “são uma chateação” ou “dão muito trabalho” e indagando se não há meios de desabilitá-las. E o mais curioso e que muitos dos queixosos são os mesmos. Coisas da natureza humana...

Sim, há meios de desabilitá-las. Mas, evidentemente, há que se levar em conta que cada medida de segurança desabilitada derruba uma barreira de proteção contra programas mal intencionados. Ao fim e ao cabo, cabe ao usuário decidir se prefere um pouco mais de conforto mesmo sabendo que isto resulta em um pouco de segurança a menos.

Feita esta advertência, vamos ao que interessa.

A versão 2007 do pacote de aplicativos Office reuniu as configurações de segurança e privacidade de seus programas na “Central de Confiabilidade” que substituiu a configuração em “níveis de segurança” (muito alta; alta; média e baixa) das versões anteriores. Para abri-la, carregue um dos programas do Office (como o Word), clique no “Botão Office” no canto superior esquerdo da janela, na barra inferior da janela que então se abre clique no botão “Opções” do programa (no caso: “Opções do Word”) e acione a entrada “Central de Confiabilidade” para carregar as configurações correspondentes no painel direito da janela.

O painel da “Central de Confiabilidade” contém três seções. A primeira, “Protegendo sua privacidade”, tem caráter meramente informativo: exibe três atalhos que, se a conexão com a Internet estiver ativa, levarão a páginas do sítio da empresa. A primeira exibe a declaração de privacidade da MS referente ao aplicativo (basicamente uma declaração concernente aos dados recolhidos de sua máquina enquanto você usa o aplicativo, porque são recolhidos e o que é feito com eles), a segunda descreve o programa MS Office Online e a terceira descreve o “programa de aperfeiçoamento da experiência do usuário” (programa de adesão voluntária que colhe dados sobre as funções mais utilizadas dos aplicativos para subsidiar as equipes de desenvolvimento das futuras versões).

A segunda seção, “Segurança e outras informações”, contém dois atalhos. O segundo, “Microsoft Trustworthy Computing”, também de natureza informativa, leva a uma página que explica o programa “Computação Confiável” no qual a MS vem trabalhando para melhorar os níveis de segurança, privacidade e confiabilidade de seus programas (responsável pela maioria das melhorias de segurança introduzidas recentemente no Windows e Office). Já o primeiro é mais útil por não ser meramente informativo: abre a “Central de Segurança” do Windows onde pode se verificar o estado dos serviços ou funções de segurança do sistema operacional e habilitá-los ou desabilitá-los de acordo com o gosto do freguês.

Mas é a última seção que se constitui na própria central de confiabilidade do programa. Ela contém apenas um botão, “Configurações da Central de Confiabilidade” que, ao ser acionado, leva à janela da “Central de Confiabilidade” do Office. É a que nos interessa.

É nela que o usuário pode reduzir seu desconforto com algumas medidas de segurança implementadas pelo Office desabilitando as que achar desnecessárias ou demasiadas, mas sempre lembrando que cada medida inibida aumenta um pouco a exposição da máquina à senha dos mequetrefes que infestam a Internet em busca de sistemas vulneráveis.

Algumas das opções que ela oferece serão examinadas na próxima coluna.

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Figura 1 - Clique para ampliar

B. Piropo