Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
< Coluna Técnicas & Truques >
Volte
01/05/2008

< O Prompt de Comando >


Tem gente que usa Windows há anos e nem se deu conta da existência do “Prompt de Comando”. E tem também, é claro, aqueles que o conhecem bem, sabem perfeitamente para que serve e recorrem a ele de quando em vez quando precisam de certas informações. Se bem que eu desconfio que estes sejam a minoria.

Então vamos lá: que bicho é aquele e para que serve? Segundo a Microsoft, na “Ajuda” de Windows, “Prompt de comando é um recurso do Windows que fornece um ponto de entrada para digitar comandos do MS‑DOS (Sistema Operacional de Disco da Microsoft) e outros comandos do computador”.  Convenhamos: não é uma explicação das mais esclarecedoras.

Destrinchemo-la. O MS-DOS é (talvez melhor dizer “era”...) o sistema operacional usado pelos primeiros membros da família dos computadores da “linha PC”, os velhos XT e AT da IBM, precursores deste magnífico computador que enfeita sua mesa de trabalho.

Sistema operacional é um programa especial, um programa que controla os demais programas, gerencia a máquina e seus dispositivos e age como elo, ou “interface”, entre o usuário e a máquina. Se você está lendo estas mal traçadas linhas, seu sistema operacional provavelmente é o Windows e você se comunica com a máquina através, principalmente, de cliques do seu mause sobre os ícones que representam “objetos”, como programas, documentos e dispositivos. Nos duros tempos do DOS não havia nada disso. E a interface entre o usuário e o micro era a “linha de comando”.

Quer ver um exemplo de como eram ásperos aqueles tempos? Pois abra o “Prompt de Comando” clicando no menu Iniciar e em “Todos os Programas”. Agora abra a pasta “Acessórios” e, voilá, lá está o pequeno ícone seguido do nome. Um duplo clique sobre ele e aparecerá apenas uma janela negra com alguns caracteres brancos. No alto, a versão de Windows que está em uso seguida de uma declaração de direitos autorais da Microsoft. E logo abaixo um pequeno cursor piscando diante de uma linha que provavelmente contém algo como “C:\Users\[suaID]>” (onde [suaID] representa sua identidade de usuário, o nome sob o qual você se registra no sistema operacional). E mais nada.

Por estranho que lhe pareça, esta era a única forma de se comunicar com a máquina nos albores da era do byte lascado quando nasceu o PC. Digitava-se cuidadosamente um comando (cuidadosamente porque um único caractere errado causava a falha do comando) e teclava-se ENTER para ver sua execução. Experimente: tecle “cls” (assim mesmo, mas sem aspas) seguido de ENTER e veja que o conteúdo da janela reduziu-se à linha que contém o cursor, que por sinal dá nome à janela: aquela linha é o próprio “prompt de comando”, ou seja, uma indicação que está pronta ou apta a receber comandos. Você acabou de “limpar a tela” (“cls” é a abreviação de “clear screen”, ou “limpe a tela” em inglês; assim eram os comandos).

Quer saber que comandos estão disponíveis? Pois tecle “help” seguido de ENTER e receberá uma longa lista deles (em Windows você pode aumentar a altura da janela para vê-los todos; nos tempos do DOS você teria que apelar para alguns recursos esotéricos para isto). E quer detalhes sobre um comando? Tecle “help” seguido de um espaço e do nome do comando e em seguida tecle ENTER. É assim que funciona a interface em linha de comando.

Mas hoje em dia será que isto ainda presta para alguma coisa? Claro que sim. Por vezes a forma mais rápida e prática de se alcançar um objetivo é justamente através do velho, porém prestativo, “Prompt de Comando”. Por exemplo: há casos em que você precisa com urgência de conhecer o “endereço de IP” de sua máquina e outros dados relativos à rede (inclusive a própria Internet). Pois abra um “Prompt de Comando”, digite “ipconfig” e tecle ENTER. Lá estão em dois toques todos os dados de que você precisa. Prático, nénão?

Clique apra ampliar...
Figura 1 - Clique para ampliar

B. Piropo