Sítio do Piropo

B. Piropo

Jornal o Estado de Minas:
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10/07/2008

< Recarregando o Windows Explorer >


A maioria dos usuários presumem que o Windows Explorer apenas é carregado na memória (ou seja, apenas “roda”) quando se clica em seu ícone para abrir aquela velha conhecida janela com seus painéis de pastas e arquivos. Ledo engano. O Windows Explorer é carregado desde a inicialização de Windows e, mesmo que o usuário não o invoque uma única vez, permanece rodando em segundo plano gerenciando uma enorme quantidade de eventos.

O Windows Explorer é, talvez, a parte mais importante da interface de Windows com o usuário. Quando se solicita a um programa que abra ou grave um arquivo em disco, aquelas janelas que aparecem com a hierarquia das pastas e arquivos e permitem escolher onde, com que nome e tipo o arquivo será gravado, não apenas parecem com o Windows Explorer: elas são, na verdade, uma de suas muitas manifestações. E quando se clica no ícone “Meu computador” do Windows XP, a janela que se abre, embora sem mostrar o painel esquerdo com a hierarquia de pastas, nada mais é que o próprio Windows Explorer (tanto assim que basta clicar no ícone “Pastas” da barra de ferramenta para que o velho painel esquerdo se abra em toda sua plenitude e o Windows Explorer se mostre com a aparência habitual).

Mais que isso: o próprio Internet Explorer não funcionaria sem que o Windows Explorer o estivesse suportando em segundo plano. É por isso que quando se introduz uma URL – ou “endereço Internet” – na caixa de entrada de dados da entrada “Executar” do menu Iniciar, abre-se o Internet Explorer (ou qualquer outro programa que você tenha escolhido para funcionar como seu navegador padrão) já com o sítio carregado. E é também por isso que se pode criar atalhos de sítios da Internet na Área de Trabalho ou armazená-los em pastas como se fossem arquivos.

Em suma: sem o código do Internet Explorer carregado na memória e acessível a todos os programas, Windows simplesmente não funciona. A própria Barra de Tarefas que contém o menu Iniciar e todos os seus badulaques desaparece. Assim como os ícones da Área de Trabalho (que, tecnicamente, é uma “janela” do Windows Explorer). Portanto, em Windows, é impossível usar o computador sem que o Windows Explorer esteja carregado.

Mas por que esse assunto mereceria uma coluna?

Bem, é que por razões que só a MS pode explicar, Windows Vista oferece uma forma relativamente simples de descarregar o Windows Explorer da memória. Basta abrir o menu Iniciar, premir simultaneamente as teclas “Ctrl” e “Shift” e clicar com o botão direito do mouse na estreita faixa que separa o nome do usuário da imagem identificadora, no topo do lado direito do menu. Ao fazê-lo, abre-se um menu de contexto com duas entradas (ate a versão XP, aparecia apenas a primeira): “Propriedades” e “Sair do Explorer” (veja figura). A primeira abre a janela de “Propriedades da Barra de tarefas e do menu Iniciar”. A segunda, simplesmente descarrega o Windows Explorer da memória, tornando a máquina inoperável.

Eu sequer mencionaria este assunto se não estivesse começando a circular na Internet um “Spam” levando os incautos destinatários a acreditar que isso se trata de uma brincadeira do tipo “ovo de Páscoa” (“Easter egg”) e sugerindo que a entrada seja acionada. Não o faça. É uma brincadeira de mau gosto que vai afetar o funcionamento do sistema. Mas se por acaso o fizer (ou se, por alguma outra razão, o Windows Explorer for descarregado da memória durante o uso do sistema), não se aflija. Acione simultaneamente as teclas “Ctrl” + “Alt” + “Del” para abrir o menu de sistema, clique em “Gerenciador de tarefas”, em sua janela clique no botão “Nova Tarefa” e na caixa de dados da janela “Criar Nova Tarefa” entre com “Explorer.exe” (assim mesmo, porém sem aspas) e clique em OK. O Windows Explorer voltará a ser carregado e você poderá continuar trabalhando normalmente.

Figura 1

 

B. Piropo