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            < Trilha Zero >
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          03/07/2000
            | < PC Expo > | 
| Quando o assunto é computador pessoal, nada se compara à 
              PC Expo, uma feira que rola todo ano em New York e vem acompanhando 
              a evolução do PC desde o nascedouro: a linha PC surgiu há dezenove 
              anos e a PC Expo 2000 é a décima oitava edição da feira. Portanto 
              não é de estranhar que a própria tia Cora lá estivesse para cobri-la. Ocorre porém que no dia da abertura eu estava nas redondezas, 
              voltando de Redmond onde fui assistir ao lançamento da plataforma 
              ponto-NET da MS - sobre a qual falaremos semana que vem. E mesmo 
              um tanto enfarado de feiras como ando ultimamente, uma PC Expo não 
              é coisa que se perca. Especialmente considerando que, como ela estava 
              sendo mui competentemente coberta pela própria editora, poderia 
              eu flanar pelos corredores sem me preocupar com os aspectos, digamos, 
              jornalísticos, da coisa e dedicar-me ao que mais gosto de fazer 
              nas feiras: evitar os gigantescos estandes dos grandes nomes, que 
              se parecem cada vez mais com latifúndios improdutivos, e fuçar os 
              que se escondem nos cantos e no fundo dos salões, onde ainda pode 
              ser encontrada a parca criatividade que ainda sobrevive no setor. 
              Mesmo porque eu não poderia fazer muito mais que isso no único dia 
              que tinha para a visita. Então, ao trabalho. Você já ouviu falar da Acqis? Nem eu. A sede é na Califórnia, 
              mas os executivos são asiáticos, pelo jeito chineses. Estavam apresentando 
              o Interputer, uma idéia interessante e simples. Trata-se de uma 
              caixa do tamanho de um livro de bolso, dos finos, pesando menos 
              de meio quilo e contendo tudo o que é essencial em um computador: 
              placa mãe, CPU, memória, disco rígido e os respectivos circuitos 
              de controle. Ela é vendida juntamente com uma ou mais bases com 
              o “resto” do micro: gabinete com fonte de alimentação e conectores 
              para periféricos externos. Para quem trabalha em mais de um lugar 
              e não quer se curvar às limitações de um notebook ou guarda no disco 
              rígido segredos de estado, nada mais prático: acabou a sessão de 
              trabalho, basta remover o Interputer e trancá-lo no cofre. Ou levá-lo 
              consigo. No último caso, pode-se encaixar o bicho na base que mora 
              em casa ou no outro escritório e continuar trabalhando como se fosse 
              no mesmo micro. Gostou? Pois saiba mais em <www.acqis.com>. Você escreve em seu Palm com um estilete? É chato, nénão? 
              Que tal se a unha de seu dedo anular (o “maior-de-todos”) tivesse 
              uma ponta arredondada? Seria o ideal para escrever... O problema 
              é que uma unha assim, além de deselegante, pode causar sérios embaraços 
              ao dono além de atrapalhar um bocado certas atividades que exigem 
              muito daquele dedo – me refiro, naturalmente, à digitação e afins. 
              Pois a Orbit Industries acredita que tem a solução: o Stinger, um 
              estilete que se ajusta à ponta do dedo. Se você pensa que isto é 
              gozação, verifique em <www.stingerstylus.com>. 
              Eu vi o treco, experimentei e até o momento não cheguei à conclusão 
              se é uma idéia genial ou coisa de maluco. E por falar em coisa de maluco, o que dizer de um teclado 
              flexível? Não me refiro a teclas macias ou algo semelhante, mas 
              sim a um painel inteiramente flexível que pode ser dobrado ou enrolado 
              em forma de cilindro. É à prova d’água, poeira e contaminantes e 
              foi criado pela Man & Machine para ambientes hostis, uso médico, 
              industrial e naval. Eu experimentei e, por incrível que possa parecer, 
              funciona – embora com uma sensação ao toque um pouco estranha. Dê 
              uma olhada em <www.mmits.com/Flexboard.htm> 
              para ver mais detalhes. É claro que a PC Expo não se resumiu a curiosidades. Tinha 
              muita coisa séria. Dentre elas, o que mais me chamou a atenção foi 
              a evidência de que o padrão USB “vingou” e já é hoje uma realidade 
              incontestável e a constatação de que a conjugação da computação 
              móvel com a Internet e a tecnologia sem fio (ou “wireless”) revolucionará 
              a curto prazo o perfil da sociedade em que vivemos. No que toca 
              a hardware, dois dispositivos me impressionaram vivamente. O primeiro 
              foi P-231, um monitor LCD de 23,1” da Neovo (<www.neovo.com>), 
              um painel suficientemente fino para ser pendurado na parede que 
              exibe uma imagem brilhante e bem definida de 1600 x 1340 pixels 
              O outro foi o drive ORB da Castlewood. Há modelos USB, SCSI e EIDE, 
              internos e externos. Os drives custam cerca de US$ 150 e os discos, 
              com capacidade de armazenar 2,2 Gb, custam menos de US$ 30. Os novos 
              discos Zip da Iomega custam mais ou menos o mesmo, porém armazenam 
              apenas 250 Mb. Já seus discos Jaz armazenam 2 Gb mas custam cerca 
              de US$ 100. Eu não testei o drive, portanto não posso testemunhar 
              quanto à sua qualidade. Mas pelo que vi na PC Expo, a Iomega que 
              se cuide: se o produto da Castlewood for confiável, sua combinação 
              de preço e capacidade é imbatível. Se quiser saber mais sobre o 
              ORG, visite <www.castlewood.com>. B. Piropo 
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