Sítio do Piropo

B. Piropo

< Trilha Zero >
Volte de onde veio
24/07/2000

< Meus documentos >


Uma boa estratégia para facilitar a recuperação dos arquivos de dados em caso de falecimento de disco rígido pode ser resumida em duas ações: reunir os arquivos de dados em um local onde possam ser facilmente encontrados e identificados e manter cópias deles em sítios imunes a adversidades. Hoje, discutiremos a primeira.

Eu, que sou do tempo em que calcinha era roupa de baixo, tornei-me micreiro na era do byte lascado, nos tempos do DOS, quando cada programa criava seu diretório e, em geral, um subdiretório onde eram gravados os documentos por ele gerados. Os mais liberais permitiam alterar este subdiretório, mas na maioria dos casos havia que se contentar com a localização padrão. Resultado: documentos espalhados por todo o disco rígido, ao sabor dos aplicativos que os criavam.

Então veio Windows e tudo mudou. Ao permitir que diversos programas fossem executados ao mesmo tempo e padronizar menus e procedimentos, Windows ensejou uma nova forma de administrar dados. Portanto, o conceito de manter documentos em um único local, independentemente dos programas que os criaram, foi uma evolução natural de Windows e materializou-se na versão 95 com a pasta “Meus documentos”.

Segundo o arquivo de ajuda de Windows, esta é “uma pasta da área de trabalho que oferece um local conveniente para armazenar documentos, gráficos ou outros arquivos para acesso rápido”. Uma definição não apenas incorreta como também incompleta. Incorreta porque embora se comporte como se de fato estivesse na área de trabalho, ela na realidade se aninha no diretório raiz do drive C. E incompleta porque ela é muito mais que isso: é um local concebido para centralizar o armazenamento de documentos. Tanto assim que todo aplicativo da MS, seja os que integram o pacote Office, seja os independentes como o WordPad ou o Paint, oferecem-na (ou uma pasta a ela subordinada) como opção padrão para gravar documentos. E muitos programas de terceiros fazem o mesmo. O que, aliás, é uma idéia excelente: com todos os arquivos de dados reunidos em um único local, administrá-los e protegê-los fica muito mais fácil. O problema é que muita gente não a usa porque não gosta do nome. Se isso acontece com você, trago boas novas: ela não somente pode ser renomeada, como pode ser movida para outro local, mantendo sua funcionalidade.

Se você pretende apenas alterar o nome, a coisa é simples (mas não tão simples como faz parecer a Ajuda de Windows). Primeiro, abra o Windows Explorer, procure no painel esquerdo pela pasta “Meus documentos”, execute um clique com o botão direito sobre seu nome, escolha a opção “Renomear” e entre com o novo nome (sugiro um nome simples, curto e sem espaços). Infelizmente, depois disso o nome da pasta na área de trabalho não muda como seria de esperar. Não se apoquente: repita o procedimento com o ícone da pasta “Meus documentos” da área de trabalho e altere seu nome. Isso deveria bastar, mas ainda é necessário mais um passo: para que o novo nome apareça no alto das janelas “Salvar”  ou “Salvar como” dos diversos programas que usam a pasta “Meus documentos”, clique novamente com o botão direito sobre o ícone da pasta (renomeada) na área de trabalho, escolha a opção “Propriedades” e entre com o novo nome na caixa “Local da pasta de destino”.

Isto feito, apesar do novo nome, a pasta manterá todas as propriedades de “Meus documentos” e continuará sendo o local padrão para a gravação de arquivos de dados. E se apresentará com o novo nome tanto na área de trabalho quanto no Windows Explorer e nas diversas janelas “Salvar” e “Abrir”. E você não tem mais desculpas para não usá-la.

Para mover a pasta, a coisa ainda é mais simples. Mas se você tem apenas um disco rígido, não vejo razão para fazê-lo. Já se você tem mais de um, vejo tanta que o assunto fica para a semana que vem.

PS: A melhor forma de avaliar uma empresa é pela atenção dada a seus clientes. Antes da informática, meu hobby era a fotografia. Minha velha Minolta XD11 faleceu recentemente. Para continuar usando a penca de lentes e acessórios que tenho em casa, comprei um corpo de X-700, usado. Faltava-me o manual. No estande da Minolta, na PC Expo, expus minha triste situação a uma das representantes da empresa, Leigh Grimm. Semana passada recebi, em casa, o manual original. É por essas e outras que sou fiel á Minolta há mais de trinta anos.

B. Piropo