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            < Trilha Zero >
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          14/08/2000
            | < Onde e Como > | 
| Agora, que já conhecemos os tipos de cópias de segurança, 
              só falta discutir onde e como fazê-las. Em princípio, qualquer meio 
              de armazenamento serve, seja ótico ou magnético. A escolha depende 
              de quanto tempo, dinheiro e trabalho se está disposto a investir. Fiz minhas primeiras cópias de segurança em disquete. Como 
              meu HD tinha apenas 40 Mb e não estava cheio, uma caixa de disquetes 
              de 1,44 Mb bastava para guardar a cópia semanal, completa e comprimida 
              (todo programa de backup que se preze é capaz de comprimir dados). 
              Trocar dez disquetes enquanto fazia a cópia não era a mais agradável 
              de minhas lides de micreiro mas, em nome da segurança, era suportável. 
              Hoje, para fazer uma cópia comprimida dos 5 Gb que se aninham em 
              meus discos rígidos, eu precisaria trocar 1.750 disquetes. A alternativa mais próxima são os disquetes de alta capacidade. 
              Há dois tipos relativamente comuns: o Zip Disk, um produto da IOmega 
              (de cem Mb e, lançado recentemente, de 250 Mb de capacidade) e o 
              padrão LS 120, de 120 Mb. Usando os velhos Zip de 100 Mb seriam 
              necessários 25 deles para armazenar meus 5Gb comprimidos. Usando 
              os novos Zip 250, dez discos. Mais ou menos a mesmo trabalho (embora 
              consumindo mais tempo) da época de meu HD de 40 Mb. Aceitável, mas 
              longe do ideal (embora uma alternativa bastante atraente para a 
              cópia incremental apenas dos dados). Há outros meios. Como os discos óticos. Os mais comuns são 
              o CD-ROM “R” (“Recordable”, gravável uma única vez) ou “RW” (“Rewritable”, 
              regravável). Em um CD-ROM cabem até 650 Mb, portanto oito deles 
              armazenariam meus 5 Gb sem compressão. Um CD-R custa cerca de R$ 
              5. Talvez não seja a melhor alternativa para cópias de segurança 
              regulares, mas cada vez que eu instalo uma nova versão de sistema 
              operacional efetuo uma cópia completa, não comprimida, de todos 
              os meus HDs em CD-R. Assim, posso acessar diretamente qualquer arquivo 
              que porventura venha a precisar mais tarde, mesmo que se passem 
              anos.  Outra possibilidade são os cartuchos removíveis de alta capacidade. 
              O mais conhecido é o Jaz da IOmega com cartuchos de 1Gb e 2Gb, mas 
              a Castlewood lançou recentemente seus drives ORB, com cartuchos 
              muito mais baratos, que armazenam 2,2 Gb. Até recentemente, quando 
              o maior de meus HDs tinha meros 2Gb, eu fazia cópias semanais completas 
              de seu conteúdo, não comprimidas, em cartuchos removíveis Jaz de 
              1Gb. Agora, com mais de cinco Gigas, para manter os dois jogos de 
              cópias de semanas alternadas, não comprimidas, eu precisaria de 
              seis cartuchos de 2Gb que, nos EUA, custam cerca de  
              US$ 100 cada. O custo não compensa. Já com cartuchos ORB 
              de 2,2 Gb, que custam quatro vezes menos, seria um caso a pensar. Mas, na minha opinião, o melhor meio de armazenamento para 
              cópias de segurança ainda é a fita. Há três tipos básicos: DAT, 
              QIC e Travan. QIC é o acrônimo de “Quarter Inch Cartridge”, ou cartucho 
              de 1/4 de polegada, o padrão mais antigo (lançado em 1972) e tão 
              popular que é aceito por padrão pelo programa de cópias de segurança 
              da MS fornecido com Windows. Sua fita de maior capacidade, a QIC-3095, 
              armazena 4 Gb de dados não comprimidos. O padrão Travan é uma evolução 
              do QIC. Sua fita TC-5 armazena até 10 Gb (chega a 20 com compressão). 
              E o padrão DAT (de Digital Audio Tape) usa fitas cassete digitais. 
              Fitas DAT DDS-4 chegam a armazenar até 20 Gb sem compressão. Cada 
              padrão tem suas características: fitas DAT são mais baratas e as 
              cópias são mais rápidas mas os drives são mais caros, fitas QIC 
              são mais lentas porém são um padrão quase universal e fitas Travan 
              são menos populares que as QIC mas têm maior capacidade (meus 5 
              Mb são semanalmente comprimidos em fitas Travan de 3,5 Gb). Os custos 
              são aceitáveis: nos EUA, drives de fita custam entre US$ 120 e US$ 
              200 (dependendo do padrão; os QIC são os mais baratos) e uma fita 
              de capacidade média (3 a 4 Gb sem compressão) custa cerca de US$ 
              10. Escolhido o meio, falta escolher o programa. O que não é 
              difícil: quase todo drive (de fita, cartucho ou outro meio removível) 
              traz o seu. Você pode aprender a usá-lo ou procurar outro, desenvolvido 
              por terceiros. Qualquer que seja o programa, deve permitir selecionar 
              o tipo de cópia de segurança e os drives, pastas e arquivos a serem 
              copiados. Como todos permitem, a escolha depende de gosto. O importante 
              é procurar usar sempre um programa de “backup” (e não simplesmente 
              copiar pastas e arquivos) para garantir que o atributo de arquivo 
              seja desativado quando a cópia for feita. Em princípio, isto seria tudo. Mas, também no campo das cópias 
              se segurança, a Internet trouxe novidades. Que discutiremos semana 
              que vem – depois do que, prometo, passarei um longo tempo sem voltar 
              a esse tema. B. Piropo |