Sítio do Piropo

B. Piropo

< Trilha Zero >
Volte de onde veio
16/04/2001

< Seu Windows não desliga? >


O que fazer quando Windows 98 trava após ser solicitado a desligar? O problema é tão comum que a própria MS sugere desligar o micro manualmente após esperar que a luz indicadora de acesso ao disco pare de piscar indicando que cessou toda atividade do disco. Funciona, é claro. Mas é o tipo do procedimento que não satisfaz. Afinal, o que a turma quer mesmo é saber por que Windows trava e eliminar a causa.

Há diversas razões possíveis. Há algum tempo eu escreveria uma longa série de colunas que destrincharia cada uma delas e ensinaria o caminho das pedras para eliminá-la. Hoje, com a internet, isso não faz sentido. O mais razoável é dar uma explicação genérica sobre a natureza do problema, descrever resumidamente as principais causas e informar onde encontrar na internet os meios para resolver a questão. Assim, quem apenas deseja se manter informado tem uma idéia do problema sem se aborrecer com detalhes e quem se sente incomodado por ele tem como obter informações para resolvê-lo. Então, mãos a obra.

Desligar Windows não é algo simples como parece. Antes de cortar a alimentação elétrica da placa mãe e dos demais componentes é preciso executar quatro tarefas: encerrar todos os acessos a disco solicitados pelos programas (ou seja, “fechar” os arquivos em uso), descarregar o cache de disco (um trecho da rápida memória RAM onde são copiados dados contidos no lento disco rígido para acelerar os acessos a disco), descarregar da memória ordenadamente os programas que estavam sendo executados e, finalmente, efetuar a transição para o modo real dos drivers que rodavam em modo protegido (se este ponto lhe parece incompreensível, esqueça: trata-se de um detalhe técnico que não tem a menor importância no que toca à relação do usuário com a máquina). Se alguma destas tarefas não for levada a cabo de forma correta, corre-se o risco de corromper arquivos – razão pela qual, sempre que Windows é desligado abruptamente, é invocado o verificador da integridade de disco Scandisk na inicialização seguinte.

O procedimento é, portanto, um conjunto de ações encadeadas, todas elas sujeitas a falhas (por exemplo: se você ajustou sua máquina para “tocar” aquele “Tá-dá” chatinho quando Windows é desligado e se o arquivo que contém o som estiver corrompido, a máquina travará). Se seu Windows se recusa a ser desligado graciosamente, você terá que inspecionar toda a cadeia para localizar a causa.

Para obter uma descrição resumida do encerramento de Windows 98, consultar uma lista dos principais problemas e descobrir como resolvê-los, leia o artigo “Problems shutting down Windows 98 Second Edition” em <support.microsoft.com/support/
{direto, sem quebra. N.W.}
kb/articles/Q238/0/96.ASP> {acesse aqui}. Se isso não resolver, consulte “How to troubleshoot Windows 98 shutdown problems” em <http://support.microsoft.com/support/kb/articles/Q202/6/33.ASP> {acesse aqui} , um conjunto de procedimentos que resolvem alguns casos específicos (incluindo um atalho para o artigo Q273746 sobre os problemas de desligamento na versão ME). Finalmente, em <http://www.microsoft.com/windows98/
{direto, sem quebra. N.W.} downloads/contents/wurecommended/s_wufeatured/win98se/> {acesse aqui} há um “patch” (correção sob a forma de código instalável) da própria MS denominado “Windows 98 Second Edition Shutdown Supplement” que resolve o problema em alguns casos específicos de configuração de hardware e software.

Pois é isso. Se seu Windows se recusa a desligar de forma decente, procure a solução em algum desses sítios. Se não encontrar, apele para a ignorância mesmo: espere cessar toda a atividade de disco e desligue “na marra”.

P.S.: Há um velho ditado que diz: “não deve o sapateiro ir além das tamancas” ou algo parecido. A mensagem é clara: faça aquilo que sabe e não se meta a fazer o que não sabe. Tenho pautado minha vida por um religioso respeito a essa norma. Mas semana passada cometi um feio deslize e me meti a escrever sobre o que não entendo. Não deu outra: saiu um “samba do piropo doido” sobre solstícios e equinócios com graves erros conceituais. Por sorte, entre meus leitores há gente séria que entende do assunto e misericordiosa bastante para chamar minha atenção (mui educadamente) para algumas das sandices por mim perpetradas. A eles, meus agradecimentos. Aos demais, um pedido: aguardem que tão logo eu tenha os dados que me faltam (e a certeza de não estar cometendo mais nenhuma estultice, obtida evidentemente após consultar quem entende) voltarei ao assunto. Por enquanto, ficam aqui apenas minhas envergonhadas desculpas.

B. Piropo